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Euribor deve cair em Janeiro

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Euribor deve cair para 3,5% em Janeiro

Mercados apostam que a taxa de referência dos empréstimos da casa vai continuar em queda até ao próximo ano.

A pouco mais de uma semana da próxima reunião de governadores do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet admitiu voltar a cortar a taxa de referência europeia, já no dia 6 de Novembro – quando se realiza a próxima reunião do BCE. O presidente da autoridade monetária da zona euro discursou em Madrid e, pondo de lado o habitual discurso codificado, deixou claro que “é possível que o conselho de governadores [do BCE] reduza as taxas de referência mais uma vez, na próxima reunião” – pelo que o corte pode ser dado como adquirido.

Sempre que Trichet mexe nos juros, deixa primeiro o aviso aos mercados, para que a reacção dos mesmos se faça sentir ainda antes da mexida. O presidente do BCE mostrou-se ainda convicto de que “a actual crise financeira vai provocar mais fusões bancárias por toda a Europa”.

A grande questão, agora, é saber de quantos pontos vai ser o corte. Teresa Pinheiro, economista do BPI, aponta para “uma descida de 25 pontos” – que situaria a taxa nos 3,50%. A economista justifica a sua previsão com “a maneira histórica de actuação do BCE que, por norma, age de forma mais gradual”. Teresa Pinheiro acredita numa descida de 50 pontos até ao final do ano (para os 3,25%), mas feita através de um corte de 25 pontos agora e de outro no mesmo valor em Dezembro.

Opinião diferente tem Ivo Banaco, que afirma que, “provavelmente, o corte será já de 50 pontos”. Para o economista do BES, “a grande questão é saber se o BCE ainda vai cortar mais até ao fim do ano”. Também David Wyss, economista-chefe da Standard&Poor’s, e Ethan Harris, economista-chefe do Lehman Brothers nos Estados Unidos, apontam “um corte de 50 pontos” como o cenário mais provável”.

David Wyss chama, no entanto, a atenção para o facto de as decisões de política monetária não serem suficientes para combater a crise económica. Segundo o economista, “baixar as taxas de juro pode ajudar a combater a recessão económica, mas não resolve o problema”. Isto porque “a capacidade de emprestar faz parte, mas não é o problema todo”. Uma justificação partilhada por Ivo Banaco, que afirma que, “nesta fase, este instrumento [de política monetária] não é fundamental”. Teresa Pinheiro, por seu lado, acredita que as famílias e empresas vão sentir efeitos positivos, mas “não para já”. Segundo a economista do BPI, “se as taxas de juro de mercado se ajustarem aos cortes, as famílias e empresas vão sentir um alívio nos custos a que estão sujeitas”. No entanto, nota a economista, “a nível do mercado interbancário, o problema é de falta de confiança e não será um corte nos juros que vai resolver o assunto”.

Mas e se os mercados, como tem sido hábito, não reagirem com a euforia necessária à descida? Até onde pode o BCE continuar a cortar? Teresa Pinheiro e Ivo Banaco não excluem a possibilidade de a taxa “descer abaixo dos 3%” em 2009. E o economista do BES avança mesmo que, “até Março, poderá ir aos 2,75%”, enquanro Ethan Harris assegura que Trichet “tem ainda muito espaço para cortar” na taxa de referência, assegurando que esta “deve estar nos 2,25% no próximo Outono”.

Tendência de corte é generalizada
Enquanto o mundo especula sobre o valor do corte na taxa de referência da zona euro, sucedem-se descidas nos juros um pouco por todo o mundo. Na Coreia do Sul, por exemplo, o banco central anunciou a maior redução de sempre (75 pontos base) na taxa de referência, que se situa agora nos 4,25%. Na Nova Zelândia, novo corte durante o dia de ontem atirou a taxa para os 6,5%. E também na Europa a tendência é de cortes e descidas. Na Suécia, o Riksbank anunciou o segundo corte no preço do dinheiro em pouco mais de 15 dias e situou a taxa de referência nos 3,75%.

Em Inglaterra também se avizinham novos cortes. Howard Davies, presidente da autoridade de supervisão do Reino Unido, afirmou defender “uma redução de 50 pontos na próxima reunião” – apesar de a libra estar actualmente a desvalorizar. E, em caso de existirem sinais de maior nervosismo nos mercados, Davies assegura mesmo que “optaria por um corte de 100 pontos”.

Diário Económico
 
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