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Falências aceleram e atingem a hotelaria

Hdi

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Set 10, 2007
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Os pedidos de liquidação de empresas até Setembro subiram 47% face a 2007.

O número de processos de falências em Portugal aumentou 47% nos nove primeiros meses do ano, face ao mesmo período do ano passado, abrangendo quase três mil empresas. O Porto é o distrito do país mais afectado e o sector da hotelaria e restauração um dos mais afectados, revelam os dados da Coface.

A empresa de informação para gestores explicita ainda que o número de processos de insolvência pedidos pelas próprias empresas ou pelos credores – os dados que melhor reflectem os efeitos da crise – tiveram um aumento de 44% face ao período homólogo, abrangendo 2.118 empresas, das 437.105 que existem na base de dados da Coface. Estes dados, segundo os economistas e empresários ouvidos pelo Diário Económico, são “um reflexo da situação económica que o país atravessa, mas também das dificuldades de crédito”. O economista João Ferreira do Amaral acrescentou que os dados “não reflectem ainda a actual situação de aperto de crédito e, por isso, é de esperar um agravar da situação”, mas lembrou que o crédito já está caro há muito tempo.

O economista Medina Carreira corrobora a expectativa de agravamento da situação: “2009 vai ser um ano pior para as empresas porque as restrições ao crédito vão ser maiores, logo, a procura diminuirá”.

A diminuição da procura começa a fazer-se sentir em primeiro lugar no sector da restauração e hotelaria, por isso, os economistas consideram natural que este seja o sector onde se verificou um dos aumentos mais significativo do processo de falências (97%). Este sector tem a terceira variação homóloga mais significativa. As maiores são registadas pela indústria extractiva e das telecomunicações, mas abrangem um número muito reduzido de empresas (13 e três, respectivamente)

“As margens com que operamos são muito apertadas e, tendo em conta o aumento brutal dos custos do crédito, não é suportável para a generalidade das pequenas empresas”, alerta o presidente da Confederação do Turismo Português. José Carlos Pinto Coelho, que estava ontem a preparar uma carta para entregar ao ministro da Economia Manuel Pinho, onde apresenta os problemas do sector, lamentou o facto de o Governo não ter ido mais longe no Orçamento do Estado para ajudar a capitalizar as empresas deste sector. Nomeadamente, através do IVA para a restauração. O responsável admite que no médio prazo a solução poderá passar também pela concessão de crédito mais barata a estas empresas.

Em termos de regiões do país, o Porto reúne o maior número de acções de insolvência (843) e simultaneamente tem o maior aumento homólogo (28%). Seguido de Lisboa com 512 acções de e uma evolução de 17%. Mas numa comparação relativa - tendo em conta o peso relativo das acções de insolvência face ao peso relativo do número de sociedades por distrito -, o pódio cabe a Braga com uma taxa de 1,5%. Os dados de Braga contrastam por exemplo com Lisboa que tem um indicador de 0,56, ou seja “apesar de Braga ter menos acções do que Lisboa, as mesmas têm um maior peso na estrutura empresarial, onde o peso da Fileira Têxtil é muito elevado”, explica a Coface.

Diário Económico
 
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