• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Greenpeace acorrenta quatro embarcações no porto de Aveiro

Grunge

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Ago 29, 2007
Mensagens
5,124
Gostos Recebidos
0
Greenpeace acorrenta quatro embarcações no porto de Aveiro

Mergulhadores da Greenpeace acorrentaram hoje no porto de Aveiro as hélices de quatro embarcações portuguesas que acusam de praticar pesca ilegal, disse à Lusa fonte da organização internacional.

A acção começou perto das 14:00, correndo os mergulhadores o risco de serem detidos pelas autoridades policiais.

Segundo a Greenpeace, as embarcações são propriedade de uma empresa portuguesa que tem «recordes históricos de pesca ilegal», nomeadamente por pescar sem bandeira, ultrapassarem a quota legal de pesca, usar múltiplas identidades e violar vários regulamentos internacionais.

A responsável pela «campanha dos Oceanos» da Greenpeace, Beatriz Carvalho, justificou o bloqueio feito hoje a quatro navios no Porto de Aveiro com a «falta de medidas do governo português contra a pirataria da pesca».

«O governo português está a fazer vista grossa e por isso fizemos esta acção. Estamos impressionados com a falta de medidas do estado português contra esses navios, e tanto assim que estão aportados», disse à Lusa Beatriz Carvalho.

A representante da organização ambientalista afirma que os quatro navios, o «Red», o «Caribe», o «Brites» e o «Aveirense», todos do grupo Silva Vieira, «têm um histórico de pesca ilegal, pelo que não podem entrar em porto e muito menos ser-lhes prestado serviço e permanecer».

Os elementos da Greenpeace concluíram a acção, que consistiu na colocação de tarjas nas embarcações dizendo «tirem esses piratas dos mares» e no bloqueio das hélices por mergulhadores que as acorrentaram, com a entrega das chaves dos cadeados à autoridade portuária e de uma cópia de uma carta remetida ao ministro da Agricultura e Pescas.

Na carta, a Greenpeace «exige que o governo português cumpra as normas internacionais a que está internacionalmente vinculado» e solicita o acesso aos relatórios das inspecções à descarga de pescado feitas pelas autoridades portuguesas.

A organização salienta que os navios estão referenciados por pescarem sem bandeira e sem quota, usarem equipamento de pesca ilegal ou capturarem espécies protegidas.

Todos esses navios estão na «lista negra» lançada há poucas semanas pela Greenpace relativa à pirataria na pesca, a «IUU» que, segundo Beatriz Carvalho, resulta de observações independentes de que foram alvo pela organização e por outras organizações não governamentais, mas também feitas pela indústria legal de pesca e por autoridades de diferentes países«.

Um deles, o »Red«, está até referenciado por pesca ilegal pela União Europeia e pela Comissão de Pescas do Noroeste Atlântico (NEAFC), salienta a organização ecologista internacional.

A representante da Greenpeace pela campanha dos Oceanos em Portugal advertiu que »também os hipermercados têm de provar que não estão a vender peixe ilegal e não o compram a empresas de navios-pirata« e deverão »tornar transparente a compra de peixe«.

O empresário Silva Vieira, em declarações à Lusa, refutou as acusações dos ambientalistas, negando que sejam embarcações »piratas« e salientando que os quatro navios »estiveram a pescar no Canadá em respeito pelas regras NAFO, foram inspeccionados por oito navios canadianos e não tiveram qualquer problema com as autoridades«.

»São navios licenciados pela União Europeia e foram até inspeccionados também por um barco comunitário, bem como à chegada, no momento da descarga, pelas autoridades portuguesas e comunitárias, sem qualquer incidente«, sublinhou.




Diário Digital / Lusa
 
Topo