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Embalagens de medicamentos põe em risco Valormed

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Embalagens de medicamentos põe em risco Valormed

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) pondera caçar a licença à entidade gestora das embalagens de medicamentos fora de uso (Valormed) por incumprimento na reciclagem e por enviar para queima todos os resíduos entregues pelos portugueses nas farmácias.

«Já notificámos a Valormed da situação de incumprimento e aguardamos uma solução. No limite, a licença atribuída por despacho conjunto dos ministros da Economia e do Ambiente pode ser caçada. Mas isso é uma situação extrema, pois ainda esperamos que se resolva», afirmou à agência Lusa a sub-directora da APA, Luísa Pinheiro.

A licença atribuída até 2011 à Valormed obriga-a a reciclar nos próximos três anos pelo menos 55 por cento dos resíduos de medicamentos, mas esta entidade gestora ainda não tem sequer uma unidade de triagem para separar o papel e cartão, vidro, plástico e alumínio, tendo enviado no ano passado mais de 630 toneladas de embalagens de medicamentos fora de uso para queima em incineradoras.

Em termos ambientais, a queima é mais prejudicial por ser responsável pelo aumento de emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, enquanto a reciclagem permite poupar emissões pela reutilização que faz dos resíduos.

A ausência de reciclagem das embalagens de medicamentos fora de uso tem sido denunciada pelos ambientalistas da Quercus ao Ministério do Ambiente pelo menos desde 2005, de acordo com correspondência a que a Lusa teve acesso, mas a APA considera que existem vários «constrangimentos» que têm bloqueado o arranque do processo.

«A aposta da Valormed era uma unidade de triagem específica para estes resíduos, mas o volume de recolhas não tem justificado» essa construção de raiz, explica Luísa Pinheiro da APA.

A Valormed escusou-se a quaisquer declarações à Lusa sobre o assunto, mas, segundo Pedro Carteiro da Quercus, a entidade já foi informada de que existem unidades no país preparadas para fazer essa triagem.

«Actualmente, não existe qualquer impedimento para que a triagem deste fluxo de resíduos não seja realizada. Já existem operadores em Portugal com meios para triagem e encaminhamento para reciclagem de mais de 50 por cento« das embalagens de medicamentos, afirmou Pedro Carteiro, adiantando que a maioria destes resíduos já podem ser reciclados e que apenas são rejeitados os comprimidos.

Segundo as contas da associação ambientalista, este processo de triagem representaria »apenas« cinco por cento do orçamento anual da Valormed, »pelo que a gestão económica não é factor limitante« para o avanço da reciclagem, defende.

Também a APA admite o recurso a operadores já existentes no mercado: »Não havendo unidade específica de triagem, a Valormed terá de recorrer a unidades já existentes ou, em ultimo recurso, à exportação dos resíduos« para reciclagem, disse Luísa Pinheiro.

Constituída em 1999, a VALORMED - Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens e Medicamentos tem como sócios fundadores as principais associações representativas do sector do medicamento: Associação Nacional das Farmácias (ANF), Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), Federação das Cooperativas de Distribuição Farmacêutica (FECOFAR) e a Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (GROQUIFAR).




Diário Digital / Lusa
 
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