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Mercadoria ficará em média menos dois dias no terminal

brunocardoso

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Mercadoria ficará em média menos dois dias no terminal


O tempo médio de permanência dos contentores em terra vai reduzir em dois dias com o aumento da capacidade de escoamento do Porto de Lisboa permitido pelo túnel ferroviário subterrâneo e por via fluvial, segundo fonte da Liscont, a empresa que tem a concessão do terminal de Alcântara.

Em declarações à Agência Lusa após uma visita ao Porto de Lisboa, Morais Rocha, administrador da Liscont, explicou que com o aumento do escoamento via fluvial e através do túnel ferroviário o tempo médio de espera dos contentores deverá passar de sete para cinco dias.

Morais Rocha falava após uma visita ao Porto de Lisboa, que se seguiu a uma apresentação do projecto de ampliação do terminal de Alcântara, que envolve a demolição de alguns edifícios e o avanço e alinhamento do cais actual de forma a poder triplicar a capacidade actual.

Quando confrontado com a utilização do porto de Sines como opção em vez da ampliação do terminal de Alcântara o administrador afirmou: "Não faz sentido andar a passear carga de camião ou comboio. Isso tem um custo de transporte [que se reflectiria no preço dos produtos]".

O projecto, que prevê que a capacidade do terminal passe de 340.000 para 900.000 contentores/ano, inclui a demolição do actual edifício administrativo da Liscont, dos edifícios entre a vedação Norte do terminal e a Doca do Espanhol e de outros espaços (a poente do topo de Doca), o prolongamento do cais do terminal para montante (cerca de 500 metros) e a construção de uma plataforma de manobra e descarga de composições ferroviárias.

As críticas que apontam como consequência deste projecto a construção de "uma muralha de aço" com cerca de 1,2 quilómetros entre a cidade e o Rio Tejo, levaram o administrador da Mota-Engil Ambiente e Serviços, Eduardo Pimentel, a afirmar que "os edifícios actualmente existentes e que serão demolidos são mais altos do que as pilhas de contentores".

"Quando falamos de 900.000 a um milhão de contentores por ano não é aqui parados. Isso nunca aqui caberia. É o número de contentores que por aqui passam ao longo do ano", afirmou, sublinhando que "a altura a que ficarão é a mesma".

Em termos de investimento futuro, a Administração do Porto de Lisboa prevê gastar cerca de 220 milhões de euros, 142 milhões dos quais até 2013, enquanto a concessionária do terminal, a Liscont, gastaria 226 milhões, 146 até 2013.

A perspectiva de lucro é de um aumento de "mais de cem por cento", sendo que a previsão aponta que os 3,7 milhões de euros por ano passem a 8,6 milhões.

Petição já tem mais de 5000 assinaturas

A contestação a este projecto originou a criação de um movimento de cidadãos que lançou segunda-feira uma petição contra a obra, pedindo a revogação do decreto-lei que alarga a concessão até 2042 do terminal à empresa Liscont, detida maioritariamente pela Mota-Engil.

Até às 16:15 de ontem, quarta-feira petição já tinha sido assinada por cerca de 5.000 pessoas, mais 1.000 do que o mínimo necessário para que possa ser apreciada no Parlamento.

A petição foi lançada por um movimento de cidadãos, denominado "Lisboa é das pessoas. Mais contentores, não", é liderado pelo escritor Miguel Sousa Tavares, que na reunião camarária para a apresentação do projecto decidiu sair da sala por discordar com a forma de apresentação.

O documento salienta que a ampliação da capacidade do terminal de contentores de Alcântara implica a criação de uma muralha com cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura entre a Cidade de Lisboa e o Rio Tejo e que vai sujeitar aquela zona a um período de obras de cerca de seis anos, impedindo a população de aceder ao rio pelas "Docas".

Fonte:Noticias Sapo
 
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