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O milagre estatístico dos euromilionários da Maia

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Nov 18, 2007
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Fernando Nunes , Associação de Professores de Matemática, comenta as coincidências entre os dois totalistas portugueses do euromilhões, ambos residentes na Maia.

Correio da Manhã – Os únicos totalistas do Euromilhões desta semana são os dois portugueses – os dois da Maia. Que probabilidade existe de isto acontecer, quando há tantas chaves possíveis e tantos apostadores?

Fernando Nunes – A probabilidade de alguém acertar deve ser de um para vários milhões. A de duas pessoas da mesma localidade acertarem é elevado ao quadrado. Ou seja, um para milhões de milhões.

– É, portanto, um milagre estatístico.

– Se me perguntasse antes de ter acontecido diria que sim, que a possibilidade era muito reduzida. Mas estamos a falar de um facto consumado, depois de ocorrer, a probabilidade passa a ser um [porque aconteceu]. Há uma diferença entre analisar antes ou depois de determinada coisa acontecer. É igual à probabilidade de acontecer em Alcácer do Sal ou em outra pequena localidade na Europa. Mas, no entanto, se saiu na Maia, não saiu nessas outras localidades...

– Agora que saiu a duas pessoas do mesmo local, fica reduzida a possibilidade de voltar a acontecer?

– Não, é exactamente a mesma. As pessoas às vezes têm a ideia de que, se saiu um três, já não volta a sair. Mas não. É como ter um saco com duas bolas pretas e uma branca. Se se tira uma preta uma vez, não quer dizer que da próxima se tire uma branca. O que acontece é que, se formos analisar uma série, a probabilidade de sair uma bola preta é o dobro de a probabilidade de sair uma branca. Mas é sempre imprevisível. É aleatório.

– Não há, portanto, fórmulas para ajudar a prever resultados?

– Não, só se consegue quantificar (a razão entre os casos ocorridos para o número de casos possíveis). Mas não se consegue fazer com que aconteça determinada série. A probabilidade de sair um três é exactamente igual à de sair um cinco.

Rute Araújo
 
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