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Parlamento uruguaio retoma debate sobre aborto após ameaça de bomba

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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A Câmara dos Deputados do Uruguai retomou nesta terça-feira a sessão que analisa a possível descriminalização do aborto. A reunião tinha sido interrompida mais cedo durante quase uma hora devido a uma ameaça de bomba, informaram fontes parlamentares.

"Após a revisão dos especialistas, chegou-se à conclusão de que foi alarme falso e os legisladores voltaram às suas bancadas", disse à agência Efe um funcionário do Parlamento, que preferiu não se identificar. Ele disse ainda que os legisladores não irão interromper as discussões caso hajam novas ameaças.

As tribunas do Parlamento, onde várias pessoas se concentraram para presenciar o debate legislativo, também foram esvaziadas por causa da falsa ameaça.

Os deputados devem examinar e votar ainda hoje o projecto de lei sobre saúde sexual e reprodutiva que, entre outras medidas, contempla a descriminalização parcial do aborto. Segundo o projecto, o aborto seria permitido durante os primeiros três meses de gravidez, caso haja risco para a mãe ou por problemas económicos.

Na véspera do debate parlamentar, cerca de 3.000 pessoas fizeram uma passeata pelo centro de Montevideu, liderados pela organização Pró-Vida, contrária à legalização do aborto. Durante a sessão, outras dezenas de pessoas, em sua maioria mulheres a favor da descriminalização também se concentraram em frente do Parlamento para se manifestar a favor do aborto.

Divisão

A discussão parlamentar promete ser intensa, porque divide a opinião de quase todos os partidos. A Frente Ampla, coalizão de esquerda que sustenta o governo, defende a reforma, mas alguns de seus deputados se mostraram contrários.

Na oposição, o Partido Nacional --ou Blanco-- se opõe à lei, mas no Partido Colorado há deputados que são partidários da descriminalização.

Embora conte com o apoio da Frente Ampla, o presidente do Uruguai, o socialista Tabaré Vázquez, médico de profissão, indicou em várias ocasiões que vetará a lei se ela for aprovada por força dos deputados governistas.

Não está claro, no entanto, como o veto poderia se concretizar, pois, para isso, Vázquez precisaria de um acordo com o ministro correspondente, neste caso a ministra da Saúde Pública, María Julia Muñoz, ou de um consenso do Conselho de Ministros.

A proposta já foi aprovada pelo Senado. Por causa disso, o debate esquentou nos últimos dias, especialmente com as pressões contrárias por parte da Igreja Católica.



(Queria ver se fosse em Portugal...!)


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