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Nov 18, 2007
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Acabado de chegar à 2ª secção da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, em Outubro de 2006, o inspector-chefe José António Banastrinha deparou-se com uma estranha proposta da coordenadora Ana Paula Matos. Ontem, na primeira sessão do julgamento da antiga responsável do combate à droga, Banastrinha contou a história: "A arguida disse-me que tinha desaparecido dinheiro apreendido numa operação. Teria sido deitado para o lixo com outros papéis por engano e pediu-me para entrar numa colecta que envolvia todos os elementos da secção. E eu concordei." Cada um dos cerca de 20 inspectores da Judiciária entrou com cem euros para cobrir o desaparecimento de mais de dois mil euros.

Os inspectores José Pereira das Neves e António Oliveira da Silva confirmam a ‘vaquinha’ e confessam que também entraram, perante o espanto do colectivo de juízes da Boa-Hora: "Então, desaparecem dois mil euros e ninguém participa o caso a uma hierarquia superior?", perguntou o juiz-presidente Renato Barroso.

Este foi um dos casos de desaparecimento de dinheiro na DCITE,masAna PaulaMatos,que pede para não estar presentenojulgamento, responde por outros quatro episódios.OMinistério Público acusa-a de ter desviado 94 825 euros, resultantes de quatro operações, entre Agosto e Novembro de 2006.

Dois inspectores que conduziram a investigação interna na PJ explicaram ontem em Tribunal como chegaram até Ana Paula. Pagamentos de dívidas de uma empresa sua ao Fisco e os registos do extracto bancário da arguida sustentam a Acusação.

A Defesa da arguida quis ontem demonstrar que Ana Paula Matos não foi a primeira a centralizar em si o depósito do dinheiro apreendido nem a usar um cofre próprio para o guardar.

PORMENORES

ARGUIDA AUSENTE

Graciete Pinto da Silva, advogada de Ana Paula Matos, explicou que esta não foi a tribunal devido ao seu estado de "extrema fragilidade emocional". Não deverá depor.

ACUSADA DE PECULATO

A arguida está acusada de quatro crimes de peculato, puníveis com pena máxima de oito anos. MP quer devolução de 94 825 euros

JUÍZES INDIGNADOS

O colectivo manifestou a sua estupefacção com o facto de todos os elementos da secção terem acordado repor o dinheiro ‘perdido’, sem participar o caso à hierarquia da PJ.
José Carlos Marques
 
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