O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, vai amanhã ao Parlamento falar sobre as irregularidades no Banco Português de Negócios (BPN), debaixo de um coro de críticas vindas dos partidos à direita, mas defendido pelo primeiro-ministro, José Sócrates.
A 2 de Novembro, o Governo anunciou a nacionalização do BPN depois de terem sido detectadas práticas irregulares e perdas estimadas em 700 milhões de euros.
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, pediu de imediato a demissão de Vítor Constâncio, por considerar que o governador já falhou nas suas funções por duas vezes, numa alusão ao caso BCP, onde também foram detectadas práticas irregulares anos depois de terem acontecido.
"Nada nos garante que [o Governador do Banco de Portugal] não volte a falhar porque não reconhece os seus erros, não faz supervisão e do nosso ponto de vista devia sair do seu cargo", defendeu Paulo Portas, citado pela Lusa.
"O Banco de Portugal deve ter uma actividade inspectiva preventiva e não meramente reactiva", disse ainda o líder popular, acrescentando que "não foi isso que sucedeu no BPN e já não tinha acontecido com o BCP".
Também do PSD surgiram críticas. O líder do grupo parlamentar, Paulo Rangel, afirmou que os sociais-democratas não têm dúvidas de que "houve aqui falhas de supervisão claríssimas".
"Se o próprio governador disse que já as conhecia [irregularidades] não se percebe porque é que não interveio", concluiu Paulo Rangel.
Já o primeiro-ministro, José Sócrates, mostrou apoio ao governador do Banco de Portugal. "Há momentos em que temos de escolher entre o infractor e o regulador. Este é o momento para apoiarmos o regulador, em particular numa situação em que há fortes suspeitas de comportamentos menos responsáveis, para não dizer fraudulentos, em relação a um banco", disse o chefe do Governo.
Sócrates defendeu ainda que alegadas práticas irregulares, como as que foram encontradas no BPN, são difíceis de detectar "porque implicavam uma contabilidade paralela, um balcão virtual".
A 2 de Novembro, o ministro das Finanças e o governador do Banco de Portugal deram uma conferência de imprensa onde explicaram as operações irregulares detectadas no BPN.
Constâncio disse que com a descoberta de "operações clandestinas" no BPN, e que passaram pelo Banco Insular, de Cabo Verde, o banco deixou de cumprir os rácios mínimos legais de solvabilidade".
"Foi com surpresa que soubemos em Junho destas operações", afirmou.
Constâncio é ouvido pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças às 21h00.
Diário Económico
A 2 de Novembro, o Governo anunciou a nacionalização do BPN depois de terem sido detectadas práticas irregulares e perdas estimadas em 700 milhões de euros.
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, pediu de imediato a demissão de Vítor Constâncio, por considerar que o governador já falhou nas suas funções por duas vezes, numa alusão ao caso BCP, onde também foram detectadas práticas irregulares anos depois de terem acontecido.
"Nada nos garante que [o Governador do Banco de Portugal] não volte a falhar porque não reconhece os seus erros, não faz supervisão e do nosso ponto de vista devia sair do seu cargo", defendeu Paulo Portas, citado pela Lusa.
"O Banco de Portugal deve ter uma actividade inspectiva preventiva e não meramente reactiva", disse ainda o líder popular, acrescentando que "não foi isso que sucedeu no BPN e já não tinha acontecido com o BCP".
Também do PSD surgiram críticas. O líder do grupo parlamentar, Paulo Rangel, afirmou que os sociais-democratas não têm dúvidas de que "houve aqui falhas de supervisão claríssimas".
"Se o próprio governador disse que já as conhecia [irregularidades] não se percebe porque é que não interveio", concluiu Paulo Rangel.
Já o primeiro-ministro, José Sócrates, mostrou apoio ao governador do Banco de Portugal. "Há momentos em que temos de escolher entre o infractor e o regulador. Este é o momento para apoiarmos o regulador, em particular numa situação em que há fortes suspeitas de comportamentos menos responsáveis, para não dizer fraudulentos, em relação a um banco", disse o chefe do Governo.
Sócrates defendeu ainda que alegadas práticas irregulares, como as que foram encontradas no BPN, são difíceis de detectar "porque implicavam uma contabilidade paralela, um balcão virtual".
A 2 de Novembro, o ministro das Finanças e o governador do Banco de Portugal deram uma conferência de imprensa onde explicaram as operações irregulares detectadas no BPN.
Constâncio disse que com a descoberta de "operações clandestinas" no BPN, e que passaram pelo Banco Insular, de Cabo Verde, o banco deixou de cumprir os rácios mínimos legais de solvabilidade".
"Foi com surpresa que soubemos em Junho destas operações", afirmou.
Constâncio é ouvido pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças às 21h00.
Diário Económico