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Descoberta em pinhal de Almasil, Loulé, está a ser investigada pela Polícia Judiciária
Morte natural ou homicídio? A Polícia Judiciária de Faro espera que a autópsia ao corpo da mulher, de 37 anos, encontrado sábado, em Almansil, em decomposição, sem cabeça nem uma perna, ajude a desvendar o mistério.
O cadáver, que poderá ser examinado ainda esta segunda-feira, foi descoberto no Pinhal do Ludo, em Almancil, no concelho de Loulé, por dois populares que passeavam de mota junto a uma pista de motocross, a cerca de três quilómetros do pólo de Gambelas da Universidade do Algarve.
As impressões digitais e o facto de ter antecedentes criminais foram determinantes para a identificação da vítima. Depressa os inspectores perceberam que se tratava de uma mulher com cadastro por furto de veículos e ter estado em prisão preventiva em 2003.
A informação chegou através da PJ de Coimbra, cidade onde era conhecida a última morada da vítima (ver caixa), que não constava da lista oficial de desaparecidos.
A GNR de Almancil foi alertada cerca das 16.30 horas. Passadas quase três horas e perante o cenário macabro, os militares chamaram a PJ. A vítima estava desmembrada e as roupas - rasgadas, mas sem vestígios de sangue - encontravam-se junto ao corpo. A cabeça estava a pouco mais de dez metros. O avançado estado de decomposição não permitiu perceber se houve luta ou agressões. Uma das hipóteses em análise é o facto de o desmembramento ter sido provocado por animais, já depois de a vítima ter falecido, o que também pode explicar os pequenos vestígios de arrastamento detectados. No pulso a mulher tinha um relógio que ainda funcionava e assinalava uma hora a mais, o que indicia que poderá ter morrido há mais de duas semanas, altura em que o horário de Inverno entrou em vigor.
O cadáver estava numa zona de difícil acesso - uma espécie de ravina causado pelas extracções de areia que ali têm ocorrido -, escura e de pinhal denso. Para lá conseguir chegar, as autoridades utilizaram viaturas todo-o-terreno. O corpo só foi removido à meia-noite, colocado numa maca na capota de um jipe dos Bombeiros Municipais de Loulé e depois num veículo que o transportou para o Gabinete Médico-Legal de Faro onde irá ser autopsiado.
JN
