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A praça de toiros de Azambuja vai dar lugar a uma arena multi-usos, preparada para receber vários tipos de espectáculos e vai acolher a Escola de Toureio e a sede dos forcados. O Município de Azambuja pretende construir o equipamento através duma parceria público-privada que envolva a Empresa Municipal de Infra-estruturas de Azambuja (EMIA) e investidores privados.
O anúncio foi feito pelo presidente da câmara, Joaquim Ramos (PS) que no domingo assinou um protocolo onde a Associação Cultural ‘A Poisada do Campino’ oficializa a cedência das actuais instalações para que a câmara possa realizar a obra. O acordo prevê também a cedência do espaço municipal no campo da feira, remodelado recentemente, onde a associação tem a sede. A cedência é feita por um período de cinco anos, renovável automaticamente por períodos sucessivos de cinco anos.
O vereador da CDU foi o único a votar contra a deliberação. António Nobre considera que o concelho tem necessidades básicas para satisfazer. “Temos muitas carências na área do saneamento e da educação. Uma praça de toiros não é uma prioridade para este município”, referiu para justificar o voto contra. O autarca disse que é mais uma promessa com fins eleitoralistas e reafirmou que “não há dinheiro para tantas obras”.
O vereador do PSD, António José Matos não interveio na discussão por estar impedido. O autarca é presidente da associação ‘A Poisada do Campino’ e parte interessada no acordo.
Joaquim Ramos, presidente da câmara, referiu que a obra não será uma prioridade imediata, mas sublinhou que é uma necessidade para o concelho porque a actual praça não tem condições e falta um espaço para realizar “grandes eventos”. O autarca socialista referiu que a “Monumental do zinco” foi construída com a boa vontade de muitos aficionados e considerou que a força taurina da vila justifica ter um espaço com dignidade para as actividades taurinas. O edil acrescentou ainda que “o centro de divulgação será também um equipamento para a promoção da cultura tauromáquica e das actividades etnográficas” ligadas à festa brava.
O protocolo deixa em aberto a possibilidade da câmara poder concessionar a exploração do espaço depois de concluída a obra. Em relação, aos espectáculos taurinos, é ponto assente que vão ser organizados por uma empresa da especialidade como acontece actualmente. A concessão é feita mediante concurso.
O Mirante