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O presidente da Câmara Municipal de Santarém assumiu ontem os pelouros das Finanças e Educação, para enfrentar “batalhas decisivas”, após nova distribuição de pastas na sequência da suspensão do mandato do vice-presidente da autarquia.
“Tenho a responsabilidade de amenizar a situação financeira da Câmara, quero estar à frente desta batalha, posso ganhá-la ou perdê-la, mas, em qualquer caso, quero estar à frente dela”, disse hoje à Agência Lusa Francisco Moita Flores (independente eleito pelo PSD), após a divulgação da autarquia da distribuição de funções do município, na sequência da suspensão do mandato do seu até aqui vice-presidente, Ramiro Matos.
Além do pelouro financeiro, Moita Flores arcará também as responsabilidades “decisivas e importantes” da Educação, justificando esta decisão por ter assinado a delegação de competências do governo nas autarquias, que “não foi um acordo unânime dos municípios”, assumindo ter de “dar a cara por ele”.
“Não posso delegar nos meus vereadores estas batalhas decisivas, que são desafios de risco”, frisou Moita Flores.
Ramiro Matos, que pediu a suspensão do mandato por 180 dias alegando “motivos pessoais e políticos”, foi substituído por António Valente, piloto de aviação, que recebeu do anterior vereador os pelouros da Segurança e Protecção Civil, Turismo, e Direito dos Consumidores, ficando ainda com o Urbanismo e Obras Particulares e Gabinete de Fiscalização Municipal.
Salvaguardando a possibilidade de nomear novamente um vice-presidente, o autarca assegura não ter ficado sobrecarregado com a nova organização da vereação, exemplificando com a delegação do Urbanismo, a António Valente, e a Cultura, a Lígia Batalha, explicando: "Não precisam mais de mim".
Nesta distribuição de funções, Moita Flores juntou ao pelouro do Ordenamento e Planeamento, que detinha, as Finanças e a Educação, retirando esta área à vereadora Lígia Batalha, delegando-lhe a Cultura, que acumulará com Acção Social, Saúde e Habitação, que estavam sob responsabilidade de Ramiro Matos.
O Desporto passou para o vereador Ricardo Gonçalves.
O Mirante