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Pombos empurrados para fora da cidade de Coímbra

xicca

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Câmara quer acabar com "praga" na Baixa da cidade abrindopombais na periferia. Experiência-piloto será testada no Horto Municipal


A criação de pombais, fora do centro da cidade, com alimento, ninhos e controlo dos nascimentos mediante a retirada dos ovos, é a estratégia da Câmara de Coimbra para combater a "praga urbana", como já lhe chamou.

O objectivo é afastar os pombos do Centro Histórico, onde habitam em número excessivo, motivando queixas de comerciantes e moradores. Além da degradação dos edifícios, provocada pela acidez das suas fezes, são apontados outros problemas, como a sujidade, os riscos de transmissão de doenças ou os prejuízos, em especial, na área da restauração, sobretudo na Baixa da cidade.

Numa fase inicial, haverá apenas um pombal, no Horto Municipal, situado nos Campos do Bolão. A infra-estrutura, aberta, terá capacidade para acolher 200 casais de pombos. Aa aves terão ao dispor ninhos ("casiers"), água e alimento sem aditivos anticoncepcionais. Isto porque o método de controlo dos nascimentos baseia-se na substituição dos ovos por exemplares de plástico, explicou o director do Departamento de Ambiente e Qualidade de Vida da autarquia, Veiga Simão. Trata-se de uma experiência-piloto, a cargo daquele departamento.

"Vamos tentar habituar os pombos a ir lá, diariamente, fazer a sua alimentação", clarificou Veiga Simão. A gestão e manutenção do espaço caberá à autarquia, estando as aves sob a vigilância dos Serviços Médico Veterinários. O processo de aquisição da infra-estrutura está em andamento. Veiga Simão prevê que este primeiro pombal entre em funcionamento até ao final do ano.

"Se virmos que resulta e os pombos se fixam ali, tentaremos colocar outros pombais nas zonas periurbanas, desviando-os para fora da cidade", defendeu o vereador com o pelouro do Ambiente, Luís Providência.

Os animais não serão alvo de captura, pois a sua enorme capacidade de detecção de alimento deverá conduzi-los lá espontaneamente, explicou, ainda, Veiga Simão, com base nos conselhos de especialistas. Aliás, foi o parecer do veterinário belga especialista em columbofilia, Marc Ryan, pedido pela autarquia enquanto procurava soluções, que ditou a opção por esta medida, referiu Veiga Simão.

Existe, ainda, a intenção de "devolver" aos proprietários os pombos-correios perdidos que apareçam ali, recorrendo à informação contida nas anilhas.

Veiga Simão antecipa eventuais críticas: "Não é um pombal com 200 casais que vai controlar toda a população de pombos de Coimbra. Vamos ver se funciona. Se funcionar, pretendemos rodear o centro urbano de pombais". E salvaguarda que a "situação emocional" ligada aos pombos - como o prazer que idosos e crianças sentem em alimentá-los - será tida em conta. "Não queremos cortar essa possibilidade, queremos é que a população de pombos seja distribuída".

Paralelamente, a autarquia adquiriu 500 metros de arame próprio para colocar nos edifícios e evitar que estas aves parem nos beirais. O Teatro da Cerca de São Bernardo foi o primeiro local a recebê-lo e, segundo Veiga Simão, já deu frutos. Outros se seguirão. Entre eles, o edifício da Câmara Municipal.




JN
 
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