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Mário Lino muda ponte a pedido de António Costa

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Ministério do Ambiente terá a palavra final sobre o traçado da Terceira Travessia e dos respectivos acessos rodoviários. Consulta pública termina a 23 de Fevereiro.

O Governo deverá acolher a maioria ou mesmo a totalidade das reivindicações que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai fazer aprovar hoje em sessão plenária relativamente ao perfil do traçado e às soluções de acessos rodoviários da TTT – Terceira Travessia do Tejo, na margem Norte do rio.

Segundo diversas fontes contactadas pelo Diário Económico, o abaixamento do tabuleiro da ponte e a substituição de viadutos rodoviários por túneis exigidos pela equipa de António Costa “fazem sentido” e “não irão encarecer significativamente o preço final” desta infra-estrutura, pelo que a sua inclusão no projecto final que será lançado em concurso público internacional até ao fim do primeiro trimestre do próximo ano não deverá ser problemática.

Uma das principais reivindicações de António Costa é o abaixamento do tabuleiro na margem Norte do rio. A proposta apresentada pela RAVE – Rede de Alta Velocidade, empresa responsável pelo projecto de alta velocidade ferroviária em Portugal, nesta fase de consulta pública do projecto aponta para uma altura de 47 metros em relação à superfície do solo ou à face do rio.

O Diário Económico teve acesso ao parecer da CML e ao relatório de fundamentação técnica sobre a TTT que deverão ser hoje aprovados em plenário do executivo camarário, nos quais a equipa liderada por António Costa rejeita a solução proposta pela RAVE, apresentando duas soluções alternativas. Além do abaixamento do tabuleiro da ponte, a CML propõe enterrar os diversos canais ferroviários e rodoviários em túnel, sob a linha de Cintura, ficando somente visível a linha ferroviária convencional (sentido Poente) de ligação à linha de Cintura. A autarquia da capital sugere ainda alterações em diversos nós (Olivais, Olaias), assim como a manutenção do acesso rodoviário da TTT até à Avenida Cidade do Porto/A1.

A CML quer que ao entrar na cidade de Lisboa o tabuleiro baixe quatro metros e meio, para 42,5 metros. Esta é, aliás, a altura mínima exigida pela APL – Administração do Porto de Lisboa para não comprometer a actividade portuária naquela zona do rio.

Segundo Carlos Fernandes, administrador da RAVE, “o que este abaixamento vai implicar é que em vez de passarem quatro navios de grande porte por ano debaixo da nova ponte só vão passar três”. “Esta medida [da CML] pode ser conseguida”, refere Carlos Fernandes.

Além da altura do tabuleiro da nova ponte, a CML defende que os acessos rodoviários na margem Norte sejam essencialmente feitos através de túnel, em vez dos viadutos propostos pela RAVE.

O mesmo responsável esclareceu ainda que o processo, “neste momento, saiu das mãos da RAVE”. Está a decorrer a fase de consulta pública, durante a qual, não só a Câmara de Lisboa, mas também as autarquias do Barreiro, da Moita e do Seixal, assim como os particulares, poderão apresentar as suas sugestões em relação ao projecto. “Deverão surgir centenas de milhar de participações”, adianta Carlos Fernandes, que considera esta fase essencial para “enriquecer o processo”.

O ‘dossier’ está agora nas mãos na APA – Agência Portuguesa do Ambiente, cuja Comissão de Avaliação de Impacte Ambiental irá analisar todas as propostas recebidas, emitindo posteriormente o Estudo de Impacte Ambiental. Numa segunda fase, Nunes Correia, ministro do Ambiente, analisará o relatório desta comissão e emitirá um despacho final sobre o assunto, o que constitui a DIA – Declaração de Impacte Ambiental.

Além das questões relativas à entrada em Lisboa, Carlos Fernandes relembrou que também na margem Sul existem várias alternativas de traçado. Na entrada na cidade do Barreiro, existem duas possibilidades, uma a poente e outra a nascente, e será a consulta pública que irá escolher a solução definitiva.

Diversas fontes contactadas pelo Diário Económico acrescentaram que estas medidas exigidas pela autarquia lisboeta “já há muito que estão a ser discutidas “.


Trânsito de carros não vai ‘afogar’ Lisboa

Carlos Fernandes entende que a nova ponte não vai trazer problemas acrescidos de tráfego automóvel à cidade de Lisboa. “Falar em 70 mil carros por dia a entrar em Lisboa com a TTT é um disparate. Esse é o tráfego médio diário esperado para a nova ponte, mas é nos dois sentidos”, explica. Para o administrador da RAVE, os estudos apontam para níveis de tráfego automóvel que rondam os 30 mil automóveis por dia em cada sentido. Carlos Fernandes desmistifica a questão do acréscimo de automóveis que esta ponte poderá provocar ao sublinhar “que mais de metade desses veículos serão desviados das 25 de Abril e Vasco da Gama. A maior parte do tráfego esperado com a travessia “é muito mais regional, muito mais urbano do que o da ponte Vasco da Gama, virá muito mais para Lisboa do que para o Norte do País”. Isto quer dizer que muitos automóveis a circular na nova ponte no sentido Barreiro/Lisboa, irão maioritariamente virar à esquerda, para o centro da capital e para a parte ocidental da área metropolitana de Lisboa. A componente rodoviária da nova ponte sobre o Tejo irá desenvolver-se entre o nó da Avenida Santo Condestável com a Avenida Marechal Gomes da Costa, em Lisboa, e o IC21, até à Quinta da Lomba, no Barreiro, a que corresponde uma extensão de 15,5 quilómetros.

Diário Económico
 
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