Partidos não perdoaram ironia sobre a democracia.
Pode um conjunto de frases dito com ar irónico, mas com semblante carregado, motivar um coro de protestos? Pode, se quem as disse foi a líder do PSD e quem respondeu foram quase todos os partidos com assento parlamentar. Ontem, Manuela Ferreira Leite comentou a crise na Educação explicando que é muito difícil fazer reformas contra os interesses do sector. Depois, passou à ironia, mas com um semblante tão carregado que nem os risos da assistência dissiparam as dúvidas sobre se estava a falar a sério. A líder do PSD disse que seria bom “haver seis meses sem democracia” para “pôr tudo na ordem”, e depois retomar a normalidade. Poucas horas depois, o líder parlamentar do PS reagia com seriedade às palavras da presidente do PSD: Ferreira Leite “revela uma pulsão autoritária que merece o mais veemente repúdio”. Não admite que as declarações sejam só irónicas, perguntaram os jornalistas. “As declarações vêm na sequência de outras que defendem a suspensão de um deputado, de outras com cariz xenófobo e de um silêncio cúmplice com o BPN”, respondeu Alberto Martins. Também as outras bancadas e o social-democrata Pedro Passos Coelho pediram explicações.
Diário Económico
Pode um conjunto de frases dito com ar irónico, mas com semblante carregado, motivar um coro de protestos? Pode, se quem as disse foi a líder do PSD e quem respondeu foram quase todos os partidos com assento parlamentar. Ontem, Manuela Ferreira Leite comentou a crise na Educação explicando que é muito difícil fazer reformas contra os interesses do sector. Depois, passou à ironia, mas com um semblante tão carregado que nem os risos da assistência dissiparam as dúvidas sobre se estava a falar a sério. A líder do PSD disse que seria bom “haver seis meses sem democracia” para “pôr tudo na ordem”, e depois retomar a normalidade. Poucas horas depois, o líder parlamentar do PS reagia com seriedade às palavras da presidente do PSD: Ferreira Leite “revela uma pulsão autoritária que merece o mais veemente repúdio”. Não admite que as declarações sejam só irónicas, perguntaram os jornalistas. “As declarações vêm na sequência de outras que defendem a suspensão de um deputado, de outras com cariz xenófobo e de um silêncio cúmplice com o BPN”, respondeu Alberto Martins. Também as outras bancadas e o social-democrata Pedro Passos Coelho pediram explicações.
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