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Violência doméstica matou 43 mulheres em 2008

xicca

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Entre 2007 e 2008, o número de mulheres que morreram vítimas de violência doméstica duplicou. Dados «aterradores», para a União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR)


«Eu não sou cúmplice» é o lema de uma campanha lançada esta quarta-feira pela UMAR para mobilizar os homens contra a violência doméstica, que este ano matou 43 mulheres, o número mais alto desde 2004

De acordo com dados do Observatório das Mulheres Assinadas, uma estrutura criada pela UMAR, o Porto foi o distrito onde mais mulheres foram este ano vítimas de homicídio (17), seguido de Lisboa (13).

Os dados da UMAR, referentes ao período entre o início deste ano e o dia de terça-feira, 18 de Novembro, apontam para a morte de 43 mulheres vítima de violência de género, nas relações de intimidade, às mãos dos maridos, companheiros, namorados, ex-maridos, ex-companheiros e ex-namorados.

No mesmo período registaram-se também 64 tentativas de homicídio.

Estes números, «que pecam por defeito», segundo a UMAR, superam todos os registados pela organização desde 2004, altura em que o número de mulheres que perderam a vítima em resultado de violência doméstica foi de 42.

Já em 2005, o número de vítimas desceu para 36, fixou-se em 37 no ano seguinte e desceu para 21 em 2007.

Na contabilidade global desde 2004, assinala-se assim que Portugal já registou 182 mortes de mulheres por violência doméstica.

Segundo os dados divulgados na conferência de imprensa, em 28 por cento dos casos registados este ano, a relação da mulher vítima mortal e do homicida já estava quebrada quando o crime aconteceu.

Para além das 43 mulheres assassinadas, foram igualmente assassinadas cinco vítimas associadas - filhos, pais ou outros familiares das mulheres.

O maior número de vítimas situou-se na faixa etária entre 24 e os 35 anos, indicando que as vítimas são cada vez mais jovens, tal como os agressores.

Julho foi o mês mais fatal, com nove vítimas mortais de violência doméstica.

Para Artemisa Coimbra, responsável pelo Observatório das Mulheres Assinadas, estes dados são «aterradores» e Maria José Magalhães, dirigente da UMAR, defende que o agudizar da situação justifica a criação de rede de apoio, segurança e protecção das vítimas de violência doméstica e suas famílias.



Revista Visão
 
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