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Suspeita-se de suicídio: PSP encontrado baleado na sua residência

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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Um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto, que se encontrava em baixa psiquiátrica, foi esta tarde encontrado baleado na sua residência.

O agente, com cerca de 40 anos e destacado na secretaria da Divisão de Trânsito do Porto, foi encontrado cerca das 17h00, tendo sido transportado para o Hospital São João do Porto, desconhecendo-se o seu estado.

Contactada pela Lusa, fonte da Divisão de Trânsito classificou o agente como «uma pessoa impecável» e sublinhou que o episódio de hoje «apanhou todos de surpresa».

Segundo a PSP, a Polícia Judiciária tomou conta da ocorrência mas tudo indica que terá sido tentativa de suicídio.

A questão dos suicídios no interior das forças policiais tem levantado preocupações junto das autoridades, tendo o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciado terça-feira um protocolo de cooperação com o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para os prevenir.

Além disso, há um programa de prevenção do suicídio que está a funcionar nas forças de segurança, afirmou na ocasião Rui Pereira, durante uma audição na Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças para debater a proposta do Orçamento do Ministério da Administração Interna para 2009.

«O número de consultas de pessoas em risco aumentou exponencialmente. Na PSP, aumentou em 500 ou 600 por cento», afirmou o ministro em resposta ao deputado do CDS-PP Nuno Magalhães, que o questionou sobre os suicídios nas forças de segurança.

O ministro explicou que sempre que é detectada alguma situação de risco são tomadas as medidas adequadas, nomeadamente a retirada da arma da pessoa em risco e um acompanhamento médico.

Rui Pereira sublinhou ainda que «os suicídios nas forças de segurança não são em número superior aos suicídios que se verificam na população em geral».

Num livro lançado também esta semana em Lisboa com o objectivo de funcionar como «retrato» da PSP, a polícia está «mal preparada, desmotivada e sem condições de trabalho», havendo agentes que passam fome, com uma vida familiar desestruturada e problemas de saúde, que são «alvos fáceis» de processos disciplinares,

Da autoria de Fernando e Mário Contumélias, o livro Polícia à Portuguesa, traça um retrato «confrangedor» e «assustador» da PSP através das dezenas de entrevistas a elementos da corporação com diferentes estatutos profissionais, idades distintas e várias experiências.

Segundo o livro, parte significativa dos agentes da PSP sofre de problemas «mais ou menos graves» de saúde ou de «foro psicológico» devido à dura profissão que escolheram, além de estarem sujeitos a regras «que não compreendem e consideram um impedimento ao correcto cumprimento da sua missão e que os torna alvo fáceis de sucessivos processos disciplinares ou criminais».

Segundo as entrevistas feitas por Fernando e Mário Contumélias, os agentes queixam-se também de «perseguições internas, de favoritismos, de partidarização da corporação e da influência militar».

O livro destaca que a PSP «esconde o exponencial número de suicídios dos seus agentes» e os psicólogos «não sabem como resolver os problemas dos elementos da corporação que os conduzem a este desespero».


Fonte Inf.- Lusa/SOL


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