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Ségolène sozinha contra os 'elefantes'

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Duelo feminino pela liderança do PS francês

A ex-candidata às Presidenciais francesas, Ségolène Royal, desmentiu a aritmética e ganhou ontem à noite a 1ª volta nas eleições para a liderança do PS. Hoje, enfrenta na final a presidente da Câmara de Lille, Martine Aubry, que tem o apoio de todos os históricos do partido.

A dinâmica de vitória está do lado de Ségolène Royal, mas a aritmética às eleições para a liderança do Partido Socialista francês (PSF) favorece Martine. No entanto, a ex-candidata às Presidenciais espera voltar a desmentir os cálculos na 2ª volta, marcada para esta noite.

Ontem, na 1ª volta, Ségolène alcançou 43,4% dos votos dos militantes, mais 14 pontos do que a percentagem que a sua moção de estratégia tinha obtido há 15 dias, antes do congresso inconclusivo do passado fim-de-semana, que foi marcado por uma intensa guerra interna.

A sua principalopositora, Martine Aubry, filha do ex-Presidente da Comissão Europeia Jacques Delors, não foi além dos 34,5%, menos 15 do que a soma dos votos, igualmente há duas semanas, das moções que a apoiavam para as directas, na 1ª volta - a sua e a do presidente da Câmara de Paris, Bertrand Delanoë.

Para a 2ª volta de hoje, Martine recebeu mais um apoio importante: o da moção do eurodeputado esquerdista Benoit Hamon, que recolheu, na noite passada, 22,8%.

Enfrentando sozinha uma frente já chamada 'TSS' - 'Tudo Salvo Ségolène' -, a ex-candidata às Presidenciais de Maio de 2007, surpreendeu e, esta manhã, os seus militantes estavam visivelmente mais satisfeitos do que os da adversária.

"Ganhámos 14 pontos, estamos em posição de vencer!", exclama Patrick Mennucci, da equipa de Ségolène. Já na sede da candidatura de Martine, apresentavam-se contas. "Martine mais Hamon dá mais de 50%!" diz François Lamy, braço-direito da candidata.

A longa e dura guerra pela sucessão de François Hollande - ex-companheiro de Ségolène e pai dos seus quatro filhos, que apoiou Delanoë durante o congresso - foi marcada por ataques ferozes e mesmo por insultos, que vão, certamente, deixar sequelas para o futuro.

Alguns analistas prevêem dissidências a curto prazo, depois da instalação da nova direcção socialista.

As duas candidatas têm relações pessoais muito más. Ségolène Royal defende a renovação das equipas dirigentes e a transformação do PSF num partido aberto e mais popular, um pouco à imagem do Partido Democrata americano. Propõe, igualmente, eventuais alianças com os centristas nas campanhas eleitorais.

Martine Aubry acusa a rival de querer transformar o PS num "partido de aderentes" e não de militantes e de desejar destruir a "identidade socialista".

A 'maire' de Lille congrega à sua volta todos os históricos socialistas, também chamados 'elefantes' - de Lionel Jospin a Laurent Fabius, passando por Michel Rocard, Jack Lang e Pierre Mauroy, todos estão do seu lado.

Expresso
 
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