Abriu a porta aos assassinos

O empresário Carlos Galhano, assassinado com dois tiros na cabeça, deve ter sido morto por mais do que uma pessoa. A PJ está a seguir várias pistas, mas admite como muito forte a possibilidade de o crime ter sido praticado pelo menos por dois autores.



É que a vítima foi encontrada atada de pés e mãos à cama, acto que, à partida, não podia ter sido feito por uma só pessoa.

De resto, a porta da casa de Carlos Galhano não tinha quaisquer sinais de arrombamento, o que leva as autoridades a supor que os autores do crime eram conhecidos e que terá sido ele a abrir-lhes a porta.

Para o pai, Manuel Galhano, só há uma certeza: "Quem o matou foi alguém profissional, porque esperaram que a mulher e os enteados saíssem e depois entraram, amarraram-no de pés e mãos e mataram-no a sangue-frio."

Carlos Galhano era uma pessoa muito reservada – "nunca desabafava com ninguém", segundo o pai e o avô – e no Lugar do Outeiro, onde residia com a companheira, a maior parte das pessoas só o conhecia de o ver passar na carrinha para levar os leitões aos clientes.

Há alguns movimentos estranhos que os populares ligam ao homicídio. "No dia do crime, entrou aqui um homem, aparentando cerca de 40 anos, com uma carrinha Mercedes branca, com um ar muito suspeito", conta Paula Rocha, proprietária do Rocha Bar, que fica em frente ao local do crime.
Francisco Manuel