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Um empresário de Penafiel, a passar por dificuldades económicas, quis salvar o negócio de forma rápida e decidiu comprar notas falsas a feirantes da zona de Leiria e Figueira da Foz. O negócio consistia na entrega de 15 mil euros verdadeiros por troca com 60 mil euros contrafeitos.
Na quinta-feira, ao fim da tarde, a transacção foi efectuada numa área de serviço do IC2, na zona de Albergaria-a-Velha, mas o dinheiro foi logo confiscado por inspectores da PJ de Leiria, naquela que é a maior apreensão do ano de moeda falsa. Sete pessoas foram detidas.
A rede, que se presume ter base operacional em Leiria, andava a ser investigada há perto de um mês, depois de ter sido detectada grande quantidade de moeda falsa a circular na Região Centro, sobretudo na zona de Fátima. As imitações não são perfeitas, o que leva a PJ a suspeitar de que se tratava de uma falsificação "caseira". De qualquer forma, as investigações prosseguem para apurar o modo de actuação dos suspeitos.
Os detidos, quatro homens e três mulheres, foram ontem presentes ao juiz de instrução criminal do Tribunal de Leiria, mas devido à complexidade do processo só hoje deverão conhecer as medidas de coacção. Segundo uma fonte da PJ, o líder do grupo não tem profissão e os outros vendiam vestuário nas feiras. Alguns "têm antecedentes criminais".
Na operação, além das notas (verdadeiras e falsas), foram apreendidos dois carros, telemóveis e três barras de metal, com oito quilos, que serviriam para vender como sendo de ouro.
PORMENORES
EQUIPA
A operação, para apanhar os suspeitos em flagrante, envolveu uma equipa de 25 inspectores da PJ de Leiria, que seguiram de perto todos os movimentos do grupo.
PERCENTAGEM
O dinheiro falso, por norma, é comprado a 25 por cento do valor real. E foi este o preço praticado neste negócio. O empresário deu 15 mil euros para receber notas no valor de 60 mil.
CRIMES
Os detidos estão indiciados "da prática dos crimes de contrafacção e passagem de moeda falsa de concerto com o falsificador", refere a PJ em comunicado. A moldura penal prevista para este tipo de situações pode chegar aos 12 anos de cadeia.
Francisco Pedro