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Mais de 1.700 reacções adversas a medicamentos registadas este ano

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Set 24, 2006
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Mais de 1.700 reacções adversas a medicamentos registadas este ano

Infarmed reconhece que as notificações ficam muito aquém dos valores reais


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Mais de 1.700 Reacções Adversas a Medicamentos (RAM) deverão ser registadas em Portugal até ao final do ano, mas a autoridade que regula o sector reconhece que estas notificações ficam muito aquém da realidade.

Um sistema de farmacovigilância jovem e a falta de sensibilização de alguns profissionais são as razões apontadas pelo presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) para justificar estes números "bastante inferiores aos dos outros países".

"Estamos abaixo do valor considerado adequado para um sistema de farmacovigilância eficaz", afirmou Vasco Maria, em entrevista à Lusa, estimando que na Europa sejam notificadas "menos de dez por cento das reacções adversas a medicamentos" e que "em Portugal a situação ainda é mais grave".

O responsável adiantou que, anualmente, estima-se que existam 250 RAM por milhão de habitantes, existindo cerca de 150 em Portugal, "o que é muito pouco".

O problema "deve-se ao facto de o sistema ser relativamente jovem", avançou Vasco Maria, lembrando que Portugal foi "praticamente o último país europeu a implementar o sistema de farmacovigilância, em 1992, 1993".

As reacções adversas a medicamentos podem ser de vária ordem, como cutâneas ou cardíacas. Habitualmente, "são graves e podem provocar o internamento, alterações significativas e até a morte", alertou.

Nenhum fármaco é isento de fazer reacções, conforme explicou Vasco Maria: "Todos e quaisquer medicamentos podem ser responsáveis por RAM".

Questionado pela Lusa sobre os erros de medicação, o responsável afirmou que Portugal não dispõe de um sistema de registo.

Os erros de medicação podem acontecer por variadas situações, desde que o médico prescreve o medicamento (por letra ilegível ou por confusão na dose), à farmácia que o distribui (confundindo as embalagens, por exemplo), ou ao enfermeiro que o dá ao doente errado.

"Começa-se agora a pensar em implementar esse registo, que é muito importante", sublinhou.


Lusa
 
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