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Professores em greve nacional

migel

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Educação: Professores em greve nacional contra avaliação de desempenho

03 de Dezembro de 2008, 06:05


Lisboa, 03 Dez (Lusa) - Os sindicatos dos professores convocaram para hoje uma greve nacional para protestar contra o modelo de avaliação de desempenho definido pelo Governo, que querem ver suspenso.
A Plataforma Sindical de Professores prevê que a adesão à greve nacional convocada seja superior a 90 por cento, o que, a verificar-se, fará desta paralisação a maior ou uma das maiores dos últimos 20 anos.
"Será uma greve histórica, provavelmente a maior ou uma das maiores de sempre, o que vai demonstrar, mais uma vez, a grande coesão dos professores. Os sindicatos estão todos unidos para exigir ao Ministério da Educação (ME) que abandone a sua postura intransigente e aceite suspender este modelo de avaliação para negociar outro alternativo", afirmou o porta-voz da Plataforma, Mário Nogueira.
Em declarações à Agência Lusa, o dirigente sindical garantiu que a adesão ao protesto ficará acima dos 90 por cento, igualando ou até superando as greves realizadas no final da década de 1980, então motivadas pela aprovação do primeiro Estatuto da Carreira Docente e que ficaram para a história como as maiores de sempre no sector.
Por isso, Mário Nogueira não tem dúvidas em afirmar que "o mais fácil" hoje vai ser contar as escolas que se mantêm abertas e com aulas.
A decisão de encerrar os estabelecimentos de ensino cabe aos conselhos executivos, que podem decidir manter os portões abertos mesmo que a adesão seja total, desde que se encontrem na escola todos os funcionários e auxiliares.
A confirmar-se o cenário, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Albino Almeida, antevê "transtornos muito grandes" para as famílias e, consequentemente, para as empresas, que poderão confrontar-se com vários empregados ausentes.
SK/JPB.
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Hdi

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Sindicatos esperam a maior greve de sempre de professores

Será a sexta greve de professores contra a política educativa do Governo de José Sócrates, mas a de hoje será "histórica", confiam os dirigentes das duas maiores federações sindicais (Fenprof e FNE). Ambos falam numa adesão "superior a 90 por cento", com milhares de alunos a ficarem sem aulas, na que esperam ser a "maior" paralisação de sempre desta classe.

"Desde 2006 que os professores não recorrem à greve, que é uma forma de luta muito dura, muito violenta. Têm feito os seus protestos à noite, aos fins-de-semana. Mas agora atingiram o ponto limite da insatisfação, da indignação, da revolta mesmo", afirma Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof e porta-voz da plataforma que reúne os 11 sindicatos do sector, todos apoiantes da paralisação.

No centro de mais uma das várias acções de contestação aprovadas a 8 de Novembro, dia em que 120 mil docentes (quatro quintos da classe) se manifestaram em Lisboa, continua a estar o modelo de avaliação de desempenho dos professores, contemplado no novo Estatuto da Carreira Docente.

Os sindicatos impõem a suspensão como condição para a negociação de um sistema transitório para este ano lectivo e de uma versão definitiva a aplicar a partir do próximo. A tutela diz que não está disposta por agora a ir mais longe do que a simplificação do modelo (a segunda nos dois anos de vigência do novo sistema). Ministra e secretários de Estado têm garantido que as medidas anunciadas resolvem as dificuldades que foram sentidas nas escolas.

"O ME diz que só negoceia se for a simplificação do seu modelo. Para o futuro, aceita ajustes no seu modelo. Acabar com a divisão da carreira em duas categorias, nem pensar. Há uma completa insensibilidade. Não percebem que isto não é um braço-de-ferro com os sindicatos, mas com os professores todos. Não se pode ter um conflito com todos os docentes", defende Mário Nogueira.

Entre acusações mútuas de intransigência, a adesão à greve poderá determinar uma evolução neste impasse. O líder da Fenprof acredita que a resposta maciça dos professores fará com que "as condições políticas do Governo para manter a sua intransigência diminuam ainda mais".

Se a adesão ficar aquém das expectativas, então os sindicatos tirarão as suas ilações. Mas aí estamos no domínio da "pura ficção", acredita Mário Nogueira. "Na véspera de uma greve ou de outro protesto, conseguimos sentir o que vai ser o dia de amanhã. Percebemos quando há silêncio e quando há entusiasmo."

Concentrações nas escolas

"Se esta greve falha, falha tudo!". Maria Eduarda Luz, professora de Economia na Escola Secundária Eça de Queiroz, em Lisboa, está convicta de que o dia de hoje é decisivo para o que vier a ser o futuro da escola em Portugal. Não só, nem sobretudo, por causa do modelo de avaliação, mas devido àquilo que está na sua base, o Estatuto da Carreira Docente, que resume assim: consubstanciou a divisão da classe em duas categorias, os titulares e aqueles que o não são, contando apenas para o efeito os últimos sete anos de actividade, e valorizando o exercício de cargos em detrimento da parte lectiva.

"É esta divisão que criou o mau clima que se está a viver nas escolas", sublinha Maria Eduarda, docente há 25 anos, lembrando que já em 2007 a maioria dos professores da Eça de Queiroz se pronunciou contra esta medida. Mas apesar dos antecedentes, ontem não escondia receios: "Há muitos a desmobilizar, sobretudo em Lisboa". Foi uma das razões que a levaram a deitar mão a O'Neill, lembrando em cadeia, via e-mail: "O medo vai ter tudo/ quase tudo/ e cada um por seu caminho/ havemos todos de chegar/ quase todos a ratos".

Tem sido uma espécie de corrente, que foi ganhando corpo na blogosfera e agora parece ser já um movimento de norte a sul: muitos professores em greve vão começar o dia concentrados frente às suas escolas e desfilar depois até ao largo da câmara municipal. É o que está previsto, entre outros locais, para Setúbal, Sintra, Portimão ou Ponte de Lima.

É o que está combinado também entre os docentes da Secundária da Póvoa de Lanhoso: "Desta vez são as direcções sindicais que estão a reboque dos professores", diz Daniel Martins, docente de Informática nesta escola, que está "no início da cadeia". Hoje vai ser a sua primeira greve como professor (ensina há dois anos) e está optimista.

Um mandato de protestos

Na Escola Básica 2-3 José Cardoso Pires, na Amadora, sempre se participou muito pouco em greves. Mas Francisco Santos, professor de Educação Física, espera que hoje se quebre a tradição. Um sinal que lhe dá "alguma confiança": já depois das novas medidas de simplificação da avaliação anunciadas pela ministra da Educação, 115 dos 120 professores presentes numa assembleia geral votaram pela suspensão daquele processo.

A paralisação de hoje é mais um capítulo numa história que dura há quatro anos e que tem levado sindicatos e milhares de professores a contestar as políticas da equipa liderada por Maria de Lurdes Rodrigues. Meses depois de ter assumido a pasta, em 2005, a ministra da Educação enfrentou a primeira greve e na mais complicada das alturas: a semana dos exames nacionais. Em causa estava o congelamento das carreiras dos professores durante ano e meio e o aumento da idade da reforma dos 60 para os 65 anos de idade e 40 de serviço.

Para garantir que os alunos não eram prejudicados, o Ministério da Educação recorreu à requisição de serviços mínimos e o protesto acabou por ter poucas consequências. Apenas duas centenas de alunos se viram impedidos de estrear os exames nacionais do 9.º ano, fazendo-os semanas mais tarde.

A alteração da organização dos horários dos professores foi o segundo grande foco de conflito, levando à realização de novas greves, em Novembro desse mesmo ano e em Fevereiro de 2006.

Mas foi a revisão do estatuto da carreira docente que acabou por precipitar a ruptura definitiva. A divisão da carreira de professor em duas categorias, a imposição de quotas para aceder à mais elevada (a de titular) e a criação de um sistema de avaliação com critérios "subjectivos" passaram a ser os motes de uma contestação que não parou de agravar--se. Em Junho de 2006 saíram sete mil docentes à rua. Em Novembro de 2008, foram cerca de 120 mil.

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migel

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Educação/greve: Plataforma fala no maior protesto de sempre, Ministério garante que maioria das escolas está aberta

03 de Dezembro de 2008, 11:17

Lisboa, 03 Dez (Lusa) - A Plataforma Sindical de Professores garante que a greve de hoje é a maior de sempre no sector, com uma adesão acima dos 90 por cento, enquanto o Ministério da Educação assegura que a maioria das escolas está aberta.
"A adesão é muito acima dos 90 por cento. O desafio era fazer desta a maior greve dos últimos 20 anos, mas temos aqui a maior de sempre em Portugal", afirmou o porta-voz da Plataforma, Mário Nogueira, em declarações aos jornalistas.
De acordo com o também secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), os sindicatos já dispõem de dados relativos à adesão ao protesto em "largas dezenas de escolas", tendo apenas informação de uma escola com uma participação abaixo dos 90 por cento.
Já o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, garantiu hoje que "a maioria das escolas está aberta", apesar de reconhecer que a paralisação conta com "elevados níveis" de participação.
"Apesar dos elevados níveis de adesão, a maioria das escolas está aberta. Algumas com aulas, outras eventualmente sem aulas", afirmou o responsável, em declarações à TSF.
JPB/AMN.
Lusa/Fim
 

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Educação: Ministério admite prolongar aplicação do modelo simplificado de avaliação

03 de Dezembro de 2008, 12:33

Lisboa, 03 Dez (Lusa) - O Ministério da Educação (ME) admitiu hoje a possibilidade de aplicar o modelo simplificado de avaliação de desempenho não apenas neste ano lectivo, como tinha anunciado, mas também nos próximos, desde que os sindicatos aceitem negociar.
"Estamos disponíveis para estender a aplicação deste regime transitório por mais algum tempo, para o próximo ano lectivo ou até mais, no sentido de criar confiança junto dos sindicatos, desde que eles aceitem negociar e abdiquem de uma posição de tudo ou nada", disse à Lusa o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira.
A confirmar-se a disponibilidade do Ministério, a avaliação dos professores no próximo ano lectivo poderia continuar a ser feita sem ter em conta os resultados dos alunos e sem observação de aulas, nem qualquer outro aspecto da componente científico-pedagógica, mas apenas com base na auto-avaliação, assiduidade, formação contínua e participação em projectos e na vida da escola.
Com as medidas de simplificação anunciadas pelo Governo há duas semanas, será este o modelo a aplicar este ano, excepto no caso dos docentes que ambicionarem obter as classificações de Muito Bom e Excelente, para as quais a observação de aulas se mantém como critério indispensável.
Questionado pela Lusa sobre se a aplicação consecutiva de uma versão simplificada da avaliação de desempenho dos professores não significa que o modelo do Governo não é exequível tal como tinha sido inicialmente definido, Jorge Pedreira considerou que as alterações não mexem no "essencial".
"Só há um critério que foi suspenso na sua aplicação, que é o dos resultados escolares. De resto, os professores serão sujeitos a todo ou a parte do modelo. Para os que quiserem ter as classificações mais elevadas, a estrutura essencial do modelo está preservada", afirmou.
JPB.
Lusa/Fim
 

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Maioria das escolas está aberta, diz secretário de Estado da Educação


Hoje às 10:45





O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, em declarações ao Fórum TSF, garantiu que a maioria das escolas está aberta em dia de greve nacional dos professores, mas admite que esta realidade não quer dizer que a maioria dos docentes esteja a trabalhar.

Jorge Pedreira, secretário de Estado Adjunto e da Educação, diz que «numa primeira impressão» a maioria das escolas está aberta


O secretário de Estado Adjunto e da Educação afirmou que o Ministério da Educação ainda não tem números concretos sobre a adesão à greve, mas assegurou que a maioria das escolas está aberta.
«Apesar dos elevados níveis de adesão, a maioria das escolas está aberta. Algumas com aulas, outras eventualmente sem aulas», afirmou Jorge Pedreira.

O responsável prometeu avançar com dados concretos ao final da manhã, enquanto Mário Nogueira, da Plataforma Sindical, diz que a adesão se situa acima dos 90 por cento.

Jorge Pedreira adiantou também que uma das preocupações do Ministério da Educação foi que todos os serviços funcionassem normalmente, incluindo refeitórios e actividades de enriquecimento curricular, para que os professores que decidissem trabalhar tivessem condições de o fazer.

Os sindicatos já afirmaram que a adesão à greve é histórica, mas o secretário de Estado diz que mesmo neste caso o Governo não vai recuar quanto à avaliação de desempenho dos professores.


TSF
 

migel

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"Maior greve de sempre ronda os 95% de adesão"


14h51m

Denisa Sousa, Jesus Zing, Luís Martins, Luís Oliveira, Helena Silva, Teixeira Correia, Teresa Cardoso e Tiago Rodrigues Alves
O "Jornal de Notícias" acompanhou a greve dos professores em várias escolas do país. Nos vários distritos onde passou, a situação foi calma, não houve manifestações de apoio ou repúdio, apenas o gáudio de muitos alunos com a confirmação de “um feriado” há muito anunciado. Os sindicatos falam em 95% de adesão à paralisação, decretada como protesto ao novo modelo de avaliação.
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, estima que os números da greve rondem os 95% de adesão. "É um orgulho representar os professores. Podemos já dizer que é a maior greve de sempre", disse, considerando “caricato e absurdo” o argumento do Governo de que a maioria das escolas está aberta.
O Secretário-Geral da Fenprof recusa a acusação de se negarem a negociar. “Queremos uma negociação aberta, não queremos é estar sujeitos à negociação do Governo”, disse Mário Nogueira, em declarações à SIC notícias.
Guarda perto dos 100%
Os dados apurados pelo JN, junto de fonte sindical, situam a greve no distrito da Guarda perto dos 100%. “É uma greve histórica”, disse Sofia Monteiro, coordenadora do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC). Das 29 escolas secundárias do distrito, 19 registavam entre 99 e 100% de adesão. Entre as outras 10, os professores em greve passavam os 95%.
Entre as escolas do 1º Ciclo, a adesão à greve situa-se entre os 98 e os 100%, sendo na maioria estará mesmo parada. A título de exemplo, na escola do Bonfim, na Guarda, o sindicato diz que há apenas um professor a leccionar.
Os alunos aproveitaram o “feriado” anunciado, para gozar a manhã sem aulas, sem manifestações ou confusões. Os Conselhos Executivos já haviam informado as transportadoras, que levaram de volta a casa os alunos que, diariamente, se deslocam de autocarro das várias aldeias para a sede do distrito.
Aveiro entre os 76 e os 100%
Em Aveiro, a adesão à greve varia entre um mínimo de 76 e um máximo de 100%, números apurados pelo JN junto de fonte sindical. Na preparatória João Afonso, não houve professores para dar aulas, o que também aconteceu nos jardins de infância e escolas do 1º ciclo do agrupamento de Aveiro, onde a greve teve uma adesão total. A secundária Homem Cristo registou, também, 100% de adesão ao protesto.
Na secundária José Estêvão, também em Aveiro, a greve situou-se nos 80%, um pouco acima dos 76% registado na Mário Sacramento. Entre uma e outra, na primária da Vera Cruz, só quatro dos 18 professores é que não aderiram à greve, o que redunda em cerca de 72% de adesão ao protesto. Em Ílhavo, a greve tocou os 100%, tanto na Escola Secundária como na EB 2,3.
Viseu entre acima dos 90%
No distrito de Viseu, a greve de professores registava, ao fim da manhã, o encerramento de 39 dos 65 agrupamentos de escolas no distrito de Viseu. Os restantes apresentavam índices de adesão que oscilavam entre os 72% (escola dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico de Penalva do Castelo) e os 99% (agrupamentos de escolas Ana de Castro Osório em Mangualde e S. João da Pesqueira.
Francisco Almeida, dirigente local do SPRC, considerava que no distrito de Viseu era“mais fácil encontrar uma agulha num palheiro do que um professor a trabalhar”. O sindicalista sublinhou que, na prática, “não houve aulas em todas as escolas do distrito de Viseu”.“
“Em Mangualde, apenas uma professora a deu aulas. A adesão a greve é de 99%. Francisco Almeida lembra ainda que em Cinfães “os 83 professores do 1º ciclo do ensino básico estiveram todos em greve".
Na EB 2,3 Infante D. Henrique, em Repeses, Viseu, a ministra da Educação teve direito a uma canção muito especial. Fernando Pereira, o seu autor, fez incidir sobre o refrão a ideia geral da melodia: “está na hora de a ministra ir embora”. O docente assume que se trata de uma forma de “intervenção e protesto”. Uma maneira de mostrar à tutela que “a Educação é a grande riqueza de um país”.
Braga ronda os 95% de adesão
Em vários concelhos do distrito de Braga, a adesão à greve ultrapassa os 95% e em várias escolas só apareceram ao serviço um ou dois professores. Alguns estabelecimentos de ensino tinham as portas abertas e os serviços mínimos a funcionar, mas por todo o distrito foram raras as aulas dadas, da parte da manhã.
Na capital de distrito, na EB 2,3 Carlos Amarante, apareceram dois docentes, enquanto na Alberto Sampaio alguns docentes, sobretudo os mais jovens, apareceram para leccionar mas para um número reduzido de alunos. Nesta escola, os elementos do Conselho Executivo também fizeram greve. No Liceu D. Maria II, o presidente do Conselho Executivo, Vasco Grilo, contabilizou 90% de professores faltosos.
Na EB 2,3 de Lamaçães, com 1500 alunos, só se apresentou um professor de espanhol, numa adesão massiva que deixou os pais com a vida mais complicada. “Compreendo a luta, mas tenho três filhos e não tenho onde os deixar. Vou faltar hoje ao trabalho”, disse ao JN uma mãe que se deslocou à escola para ver se havia aulas.
Parretas, Nogueira, Maximinos, Palmeira ou Nogueira são alguns dos locais da cidade onde também não houve aulas nos vários estabelecimentos escolares. Mesmo com o peso da greve em curso, o Conservatório Calouste Gulbenkian registou 100% de adesão ao nível do primeiro ciclo. No segundo e terceiro ciclos, bem como no secundário, 55 docentes, 45 fizeram greve, o que situa os números da adesão nos 81%.
Em Vila Verde, Amares, Terras de Bouro, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho há inúmeras escolas fechadas, a maioria com 100% de professores em greve.
Professores foram para a praça da Liberdade, no Porto
Na cidade do Porto, a manhã começou negra, chuvosa e sem aulas nos estabelecimentos de ensino visitados pelo JN. Às 8h30, na Escola Carolina Michaelis, os alunos subiam as escadas para poucos minutos depois as descerem já com a notícia de que não teriam aulas. A alegria de uns contrastava com a desilusão de outros. “Adormeci, mas vim à pressa porque amanhã vou ter um exame de História e afinal foi tudo para nada”, afirmou Joana Patrícia. “E não me parece que a professora adie porque ela não é de adiar”, acrescentou. À porta da escola, alheios à forte chuva, muitos alunos reuniam-se e alegremente faziam planos para o resto do dia. “Vamos para o shopping passear”, dizia a grande parte.
Às 9h00, na Escola Secundária Filipa de Vilhena, o cenário era semelhante, com todos os professores do primeiro turno da manhã a aderirem à greve. Durante o tempo que o JN passou à porta da escola apenas um docente entrou nas instalações e fez questão de dizer que vinha mas que não ia dar aulas e estava em greve. Pouco antes, um pai, depois de avisado telefonicamente pelo filho, veio buscá-lo para p levar a casa. “Já sabia e por isso estava de prevenção. Como moro perto, não me custa muito vir cá buscá-lo. Agora, vai passar o dia comigo” afirmou Paulo Sousa, salientando que concorda com as reivindicações dos professores e que dá todo o apoio à greve.
A meio da manhã, cerca de uma centena de professores estava concentrada na praça da Liberdade, no centro do Porto, em sinal de protesto contra o modelo de avaliação.
Leiria com média perto dos 90%
Em Leiria, as duas maiores escolas secundárias do distrito registavam uma adesão de 90% (Rodrigues Lobo) e 91% (na Domingos Sequeira), com a greve a paralisar a EB de Marrazes, que encerrou. A Escola Secundária de Pombal registava 93% de adesão, enquanto a Calazans Duarte (87%), na Marinha Grande, parecia ser a que menos aderiu à paralisação.
“Sem dúvida que estamso perante a maior greve dos professores desde o 25 de Abril”, disse ao Jornal de Notícias uma fonte do Sindicato dos Professores da Região Centro.

Beja entre os 70 e os 99%
Em Beja, dados apurados directamente junto dos concelhos directivos, mostram alguma dispararidade na adesão à greve. O Agrupamento de Santa Marinha, com sete escolas, estava nos 99%, enquanto nas sete escolas do agrupamento Mário Beirão a greve se situava entre os 60 e os 70%. Pelo meio, 80% na secundária D. Manuel 1º, 86% na Diogo de Gouveia e 90% na Santiago Maior.
“Não faço greve porque sempre estive contra o modelo de avaliação. Mais agora, depois das alterações”, disse Conceição Casanova, uma das professoras da escola Santiago Maior que não aderiram à greve. Na de Santa Maria, Rogério Inácio também não aderiu à paralisação, simplesmente porque não podia: sendo um dos três professores do Curso de Educação e Formação, foi obrigado a leccionar.
Meio milhar nas ruas de Viana do Castelo
Em Viana do Castelo, cerca de 500 professores manifestaram-se na Praça da República. A chuva causou estragos na concentração, com os docentes algo espalhados pela praça, cartão de visita da cidade, mas não afectou a motivação.
“Queremos ser avaliados com seriedade” lia-se em alguns dos cartazes. Outros eram “Por uma escola de rigor e exigência”, com alguns professores a dirigirem os dizeres a Maria de Lurdes Rodrigues: “Senhora Ministra, queremos trabalhar com dignidade”.
A concentração começou às 10 horas na Praça da República, de onde saiu, uma hora depois, para o Governo Civil de Viana do Castelo. Em frente ao palácio, os professores acenaram com lenços brancos e pediram a demissão da ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
Segundo dados apurados pelo JN junto de fonte sindical, a greve situa-se bem acima dos 90%, perto mesmo dos 100%, em todo o distrito de Viana do Castelo.

JN
 

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Greve dos professores

Centenas de escolas fechadas, com adesão a chegar aos 100% em muitos estabelecimentos.

Centenas de escolas encerradas e muitas a funcionar apenas com auxiliares em consequência da greve dos professores é o cenário traçado pelos sindicatos do sector, que apontam para uma adesão ao protesto superior a 90 por cento em todo o país.

Na região Norte, as estimativas apontam para uma "percentagem média de adesão sempre superior a 94 por cento, devendo aproximar-se mesmo dos 100 por cento", segundo Manuela Mendonça, do Sindicato dos Professores do Norte (SPN), embora estejam por contabilizar os docentes que fizeram greve nas escolas que encerraram.

Vila Real, Porto e Mirandela são os distritos da região onde a paralisação foi maior, com 97, 96,8 e 96,1 por cento de adesão, respectivamente.

"Dos 51.869 professores do ensino público que trabalham nesta região, tendo em conta as estatísticas de 2007, terão feito greve, na pior das hipóteses 48.756", assegurou a dirigente do SPN.

No Centro, o cenário não é muito diferente: numa amostra de 201 escolas e agrupamentos de escolas, 87 não abriram os portões e outras 40 estão a funcionar, mas com a totalidade dos docentes em greve.

Um estabelecimento de ensino pode estar encerrado e não ter 100 por cento de adesão se o conselho executivo considerar que o elevado número de professores em greve não garante condições de segurança para os alunos. No entanto, pode dar-se também a situação contrária, mantendo-se a escola aberta e a funcionar só com auxiliares, estando todos os docentes ausentes.

De acordo com dados do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), só 15 escolas ou agrupamentos registam uma adesão inferior a 90 por cento, entre as 201 que constam da amostra apresentada.

No distrito de Viseu, por exemplo, 27 estabelecimentos de ensino estão fechados, entre os 65 apontados como exemplo pelo sindicato.

Já na região de Lisboa, a adesão média à greve foi mais reduzida, ficando-se pelos 85 por cento, estando encerradas mais de 200 escolas, segundo disse à Lusa Anabela Delgado, do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL).

Dentro desta região, Lisboa regista uma adesão de 85,3 por cento, a zona Oeste chega aos 91,9 por cento e Santarém aos 89,2 por cento, enquanto Setúbal não vai além dos 82,7 por cento, o valor mais baixo.

O Algarve deverá ser, pelo contrário, das regiões com maior participação no protesto, com uma adesão a rondar os 98 por cento e praticamente todas as escolas do pré-escolar e do primeiro ciclo encerradas, segundo dados do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS).

O sindicato não tem dados compilados relativamente ao Alentejo, mas garante que, em toda a região, o agrupamento que registou a menor paralisação chegou aos 85 por cento.

No total, Alentejo e Algarve apresentam uma adesão média acima dos 90 por cento, disse à Lusa Joaquim Páscoa, do SPZS.

O Ministério da Educação ainda não divulgou os dados das direcções regionais relativamente a este protesto.

Jornal de Negócios
 

migel

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Educação/greve: Adesão foi de 94% - Sindicatos

03 de Dezembro de 2008, 18:19

Lisboa, 03 Dez (Lusa) - A Plataforma Sindical dos Professores disse hoje que a greve dos professores registou uma adesão de 94 por cento, tendo sido "a maior" paralisação de docentes em Portugal.
"É a maior greve de sempre dos professores em Portugal", disse, em conferência de imprensa, o porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, Mário Nogueira.
Segundo o Ministério da Educação, a greve dos professores registou hoje uma adesão de 61 por cento, obrigando ao encerramento de 30 por cento das escolas do país.
Mário Nogueira escusou-se comentar os números avançados pelo Governo: "Nem sequer os discutimos, o que nós registamos daquilo que foi dito pelo governo foi que pela primeira vez teve a capacidade de dizer que estávamos perante uma greve significativa".
CMP.
Lusa/Fim
 

migel

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Em conferência de imprensa, o secretário de Estado Valter Lemos admitiu esta tarde que a adesão dos professores à greve, foi «bastante significativa».
Segundo os primeiros dados do Ministério da Educação, 61 por cento dos professores 'faltaram às aulas', o que obrigou a um encerramento de 30 por cento das escolas, afirmou Valter Lemos.
Numa reacção após o anúncio do Ministério, Mário Nogueira afirmou que os números são bem maiores que isso, rondando os 94 por cento, que tornam a greve a maior de sempre da classe docente.
No entanto, o secretário geral da Fenprof destaca o facto de o Ministério ter reconhecido que a adesão à greve é «significativa».
Numa coisa estão ambos de acordo, nas posições que ambos defendem. Se Valter Lemos voltou a referir que o Ministério sempre esteve pronto para ajustar o modelo de avaliação de professores, os sindicatos destacam novamente os números da discórdia dos professores, com várias manifestações em Lisboa e um pouco por todo o país, que provam que o modelo deve ser afastado.
SOL
 
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