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Quercus pede ao PM posição ambiciosa no Conselho Europeu

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Quercus pede ao PM posição ambiciosa no Conselho Europeu

A associação ambientalista Quercus pediu hoje ao primeiro-ministro para ter uma posição «suficientemente ambiciosa» no próximo Conselho Europeu, que irá votar o pacote energia/clima, de forma a não comprometer as metas europeias de combate às alterações climáticas.

O próximo Conselho Europeu decorre entre os dias 10 e 11 de Dezembro e reúne os chefes de Governo dos 27 Estados-membros para a votação do pacote energia/clima, que irá definir as metas e o nível de ambição da Europa para 2020 no combate às alterações climáticas.
«O que nós queremos é que a posição de Portugal seja suficientemente ambiciosa para que a temperatura global do Planeta não vá para além do aumento de dois graus em relação à era pré-industrial», defendeu o vice-presidente da Quercus aos jornalistas à porta da residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, onde a associação foi entregar hoje de manhã um termómetro gigante. «Já subimos 0,8 graus e a expectativa é que se não tomarmos as acções devidas este aumento possa ser superior a dois graus e aí passamos a ter uma alteração climática catastrófica», sublinhou o ambientalista.


A comitiva de três elementos da Quercus foi recebida por dois elementos do gabinete do primeiro-ministro, mas a iniciativa, segundo explicou Francisco Ferreira, teve como objectivo lembrar ao chefe do Governo a importância de assegurar que a temperatura do Planeta não suba mais do que dois graus centigrados em relação à era pré-industrial. «Para o ano há eleições na Europa e se nós não tomarmos as decisões agora não vamos conseguir cumprir este alerta», sublinhou, acrescentando que «os cientistas, no ano passado, disseram que se a Europa e os outros países desenvolvidos não se comprometerem com uma redução das emissões [de dióxido de carbono] 25 a 40 por cento entre 1990 e 2020, não vamos conseguir garantir que o aquecimento global não ultrapasse os dois graus centigrados», alertou

O dirigente da Quercus ressalvou haver posições do Governo português em matéria de combate às alterações climáticas que estão em linha com as defendidas pela associação de defesa da natureza, como a redução de 30 por cento das emissões para 2020 ou a meta das energias renováveis, mas apontou algumas divergências.
«A nossa maior discordância está no facto de Portugal defender que os países possam atingir as metas não à custa do esforço interno, mas que tenham bastante possibilidade de ir buscar créditos externos através de investimentos em países em desenvolvimento como, por exemplo, na área das florestas ou das energias renováveis. Depois, esses investimentos, que vão reduzir [as emissões de] carbono, são abatidos na nossa contabilidade» de emissões, explicou Francisco Ferreira. No entender do ambientalista, Portugal não deve admitir um recurso significativo a este tipo de «créditos externos», incluindo no âmbito do comércio europeu de licenças de emissões.

DD
 
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