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«Mula» leva Internet ao «Fim do Mundo»

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Set 23, 2007
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Uma nova filosofia de internet, capaz de ligar a rede global a zonas remotas do mundo, vai ser divulgada na próxima semana em Coimbra por investigadores do grupo europeu que desenvolve o projecto, refere a Lusa.

A iniciativa é do Instituto Pedro Nunes (IPN), ligado à Universidade de Coimbra, que no projecto internacional, participado por 12 instituições europeias, tem a tarefa de integração final dos segmentos de investigação de cada grupo, as experiências em África e a colocação do produto no mercado.

Terça realizam-se em Coimbra sessões de divulgação do denominado «N4C», dirigidas a empresários, essencialmente de telecomunicações, transportes e novas tecnologias, políticos e ONGS (Organizações Não Governamentais).

«Queremos dizer que daqui a algum tempo haverá uma nova tecnologia, uma nova alternativas, que pode resolver alguns problemas» em regiões remotas, que não tem acesso à banda larga, realçou António Cunha, do IPN.

Internet no «Fim do Mundo»

O «N4C», iniciado em Maio passado e a decorrer até 2011, é um ambicioso projecto Europeu que vai permitir levar a Internet até ao «Fim do Mundo», refere uma nota de imprensa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Trata-se de uma nova filosofia de Internet que consiste na criação de «mulas» para tornar acessíveis as tecnologias da comunicação em zonas recônditas do mundo, que continuariam arredadas delas. Essas «mulas» irão fazer o vai-vem da informação entre as zonas recônditas e as dotadas de redes de fibra óptica, com acesso de Internet.

Esta engenhosa forma de democratizar o acesso à informação está a ser desenvolvida a pensar no povo Sami, da Lapónia, e na região montanhosa de Kocevje, da Eslovénia, onde serão realizados testes, bem como noutras regiões isoladas da Europa, mas é em África que se vaticina um grande impacto social, revelou António Cunha.

«Mula» num helicóptero, numa pessoa ou em veículos

A «mula» não é mais do que um dispositivo tecnológico que se pode instalar num helicóptero de transporte de turistas, como é o caso da Lapónia, em pessoas que fazem caminhadas na natureza, nos veículos que fazem o transporte de pessoas ou mercadorias entre as cidades e as zonas remotas.

O sistema prevê que essas zonas remotas sem acesso à Internet estejam equipadas de computador, que poderá ser utilizado pelos habitantes para enviar e-mail, ou dados. Com a passagem de uma «mula» pela localidade a informação é recolhida e transportada e, depois, enviada quando ela passar por uma zona servida por Internet

Através de comunicação WIMAX ou WIFI o dispositivo capta a informação do computador na zona remota e ao passar por uma zona servida com Internet descarrega-a na rede e recolhe a informação que por sua vez leva para essa região remota.

Esta tecnologia inovadora, denominada DTN (Delay and Disruption Tolerant Networking) está já a ser utilizada num projecto-piloto na Lapónia, com o povo Sami, considerado um dos maiores grupos nómadas na Europa, cuja actividade principal é a criação de renas.



iol
 
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