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Pneumobil rastreou mais de 5.000 pessoas com mais de 40 anos

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Pneumobil rastreou mais de 5.000 pessoas com mais de 40 anos

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1 EM CADA 4 FUMADORES OU EX-FUMADORES TEM OBSTRUÇÃO PULMONAR A unidade móvel de rastreios à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) percorreu mais de 20 mil quilómetros entre Maio de 2007 e Julho de 2008. Foram realizadas 5.324 espirometrias a fumadores e ex-fumadores, com mais de 40 anos. A maioria dos rastreados não valoriza as alterações respiratórias e os primeiros sintomas.

O Pneumobil, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e da Iniciativa Global para a DPOC (GOLD), com o apoio da Boehringer Ingelheim e da Pfizer, teve por objectivo avaliar, na população residente no Continente, a presença de sintomas respiratórios e outros parâmetros funcionais respiratórios, e a exposição profissional a poluentes. Esta avaliação foi efectuada através de espirometria, designação técnica do exame que permite o diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). O estudo foi apresentado na sexta feira, dia 5, pelas 15h no primeiro dia do Congresso de Pneumologia a decorrer até ao próximo dia 7 de Dezembro no Porto (Hotel Sheraton).

Das 5.324 espirometrias realizadas pela unidade móvel de rastreio Pneumobil concluiu-se que 1 em cada 4 fumadores ou ex-fumadores tem obstrução pulmonar, podendo vir a desenvolver DPOC.

Os resultados indicam também que fumadores e ex-fumadores continuam a ignorar os principais sintomas das doenças respiratórias, mesmo quando se tornam incomodativos, limitativos e frequentes:
• 56% referiu ter dispneia, ou falta de ar, 8% durante a marcha, mesmo em terreno plano, e 4% diz sentir falta de ar a vestir-se ou mesmo em momentos de repouso
• 23% referiram ter tosse com frequência, 11% dos quais durante mais de 3 meses por ano;
• 23% referiram ter expectoração, 12% dos quais durante mais de 3 meses por ano;

Ao longo desta avaliação foram realizadas 5.324 espirometrias, 2.808 no sector público e 2.516 no sector privado. Nesta iniciativa participaram 4.210 homens e 1.105 mulheres, com a média de idades a rondar os 50 anos. O estudo incluiu empresas privadas - de ramos tão diferentes como indústria têxtil, comércio, indústria metalúrgica, serviços - e instituições públicas de saúde, hospitais, centros de saúde e unidades de saúde familiar. A distribuição geográfica dos rastreios foi de 28% no Norte, 22% no Centro, 44% em Lisboa e vale do Tejo, 3% no Alentejo e 3% no Algarve.

Outros dados desta avaliação:
• Apenas 10% dos rastreados já tinham consultado um médico por causa de uma alteração respiratória;
• Em média, o número de cigarros por dia consumido pelos fumadores actuais é 18, e durante o período de exposição foi em média 22 cigarros por dia;
• O tempo médio de exposição ao tabaco, na totalidade da amostra, é cerca de 28 anos e em unidades maço-ano é cerca de 35;
• Os hábitos tabágicos foram semelhantes entre o sexo feminino e masculino, verificando-se que a população analisada que deixou de fumar o fez, em média, por volta dos 40 anos;
• Os trabalhadores em empresas de louças, cimento ou vidro são os mais expostos a poeiras, um dos factores de risco para a obstrução pulmonar;
• A análise dos resultados nos dois sectores, público e privado, revelou que não existem diferenças significativas dos sintomas respiratórios.


O Pneumobil esteve presente em Hospitais e Centros de Saúde (sector público) e em Empresas (sector privado) de todo o país. Todas as pessoas que se encontrassem no grupo de risco para o desenvolvimento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica - fumadores ou ex-fumadores, com mais de 40 anos - poderiam realizar o rastreio gratuitamente.

Antes da realização da espirometria, efectuada por Técnicos de Cardiopneumologia da Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa, os participantes preencheram também um questionário sobre o seu estado de saúde geral e hábitos tabágicos passados ou presentes.

A intervenção precoce na DPOC é crucial no impacto da evolução da doença, o que só é possível através da sua detecção através de espirometria.

A iniciativa permitiu detectar casos de obstrução pulmonar, assim como informar a população sobre esta doença crónica e silenciosa. Através do exame de espirometria, realizado nesta unidade móvel, os utentes tiveram a possibilidade de se dirigir ao seu médico munidos de um exame contendo informação sobre o grau de limitação das vias aéreas.

A DPOC é já a sexta causa de morte em Portugal, afectando mais de 500 mil portugueses, sendo a única doença crónica que regista crescimento. A DPOC mata mais do que o cancro do pulmão ou mesmo a SIDA. A doença caracteriza-se por obstrução do débito aéreo, acompanhada por dificuldade respiratória (dispneia), tosse e aumento da produção de expectoração, sintomas mais frequentes que passam ainda despercebidos, sendo associados a sinais normais do envelhecimento.

A DPOC é responsável por uma elevada frequência de consultas médicas, de serviços de urgência assim como por um significativo número de internamentos hospitalares, frequentemente prolongados, além de contribuir para o consumo de fármacos e de oxigenoterapia.

O diagnóstico precoce é a única forma de evitar a progressão da DPOC. Numa fase avançada, os doentes são incapazes de desenvolver as suas actividades normais, como por exemplo pentear o cabelo, conduzir ou subir escadas, entre outras.

Fonte:Grupogci

 
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