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Portugal está disponível para receber prisioneiros de Guantánamo, no quadro de um esforço da União Europeia para ajudar a próxima administração norte-americana no objectivo de encerrar o campo de detenção em Cuba
O acolhimento destes prisioneiros foi ontem defendido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, numa carta enviada ao alto representante da UE para a política externa, Javier Solana e aos seus homólogos europeus, avança o jornal Público.
A proposta de Luís Amado surge num momento em que há uma posição favorável na UE, para vir a acolher detidos de Guantánamo, no quadro de uma renegociação política global com a Administração Obama, explica ainda o jornal.
Um pedido no sentido da UE aceitar alguns dos detidos do campo de detenção foi recentemente feita informalmente pela administração Bush ao coordenador da luta contra o terrorismo da UE, Gilles de Kerchove, soube o Público.
Portugal é o primeiro Estado-membro a assumir publicamente disponibilidade para acolher prisioneiros da base norte-americana.
A UE poderá acolher os presos de Guantánamo contra os quais não há acusações e que não foram até agora libertados, devido ao risco de serem perseguidos nos seus países. Não existindo números precisos, calcula-se que estarão nessa situação 60 dos cerca de 250 prisioneiros na base que Barack Obama poderá fechar no início do seu mandato, a partir de 20 de Janeiro de 2009. Poderão vir a ser acolhidos nacionais de países da UE que serão julgados nos seus países.
Apenas 80 desses detidos deverão vir a ser julgados nos Estados Unidos por crimes relacionados com o terrorismo, segundo números da agência Reuters. Desde a abertura da base, em 2002, já foram libertados e repatriados mais de 500 dos cerca de 700 que ali foram detidos, sem que tenha sido formulada qualquer acusação. Até ao momento, apenas dois foram julgados. A prática de tortura na base foi denunciada internacionalmente.
SOL