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Enoteca propõe programa de apanha da azeitona para turistas por 55 euros

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Set 24, 2006
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Enoteca propõe programa de apanha da azeitona para turistas por 55 euros
A Enoteca Douro propõe aos turistas agarrar nas varas e nos baldes para apanhar azeitona em Favaios, concelho de Alijó, num programa que custa 55 euros e que se realizará todos os sábados até 25 de Janeiro




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Luís Barros, responsável pela Enoteca, referiu que quer diversificar a oferta turística do Douro, principalmente nesta época de Inverno, em que o turismo na região sofre um decréscimo acentuado.
De acordo com o responsável, o «primeiro» programa de apanha de azeitona da Região Demarcada do Douro, propõe, tal como acontece na época das vindimas, levar os turistas para o terreno para agarrarem na vara e nos baldes para apanhar a azeitona.
«Por termos a certeza que o Douro tem muito para oferecer a quem o quer visitar, criamos este programa transformando esta época mais fria em momentos inesquecíveis de vivências e experiências únicas neste nosso meio rural», afirmou Luís Barros.
E o primeiro grupo, composto por 20 pessoas, a agarrar esta oportunidade de «trabalhar» no Douro chegou no sábado de Vila Nova de Gaia. António Monteiro é gerente de uma empresa que faz software informático para a olivicultura e resolveu realizar a festa de Natal no Douro.
Com ele vieram funcionários e familiares que não tiveram medo de encarar o frio transmontano para apanhar azeitona, a maior parte deles pela primeira vez. «Pensei que fosse mais fácil e que a azeitona estivesse mais solta. É preciso bater com força e ter jeito», salientou Jorge Castro, depois de ter agarrado numa longa vara e ter batido algumas vezes com ela nos ramos da oliveira para a azeitona cair.
Silvina Noronha considerou que o trabalho de se agachar para apanhar a azeitona caída na terra fria é um trabalho «muito mais duro» do que estar sentada num escritório.
«Ainda há duas semanas a minha filha me perguntou se a azeitona era da família do azeite. Agora já lhe pude mostrar como se faz todo o processo», referiu.
A filha Luana, de nove anos, disse não se ter importado de trocar os jogos no computador pela apanha da azeitona e foi mesmo uma das principais entusiastas deste trabalho. Manuela Silva, Maria João Romani e Susana Castro foram as últimas a desistir do trabalho, depois de terem segurado as lonas e escolher os ramos da oliveira antes de guardar a azeitona nos recipientes próprios.
«Já estamos contratadas para virmos trabalhar para aqui na segunda-feira», brincou Manuela Silva. Acrescentou que o trabalho requer muito esforço físico, mas que fica muito mais barato do que ir ao ginásio. «Foi uma experiência muito boa e valeu pelo convívio e aprendizagem», referiu Maria João Romani. José Carvalho é o proprietário da Quinta da Avessada que recebeu os turistas trabalhadores e mostrou-se muito agradado com a nova mão-de-obra que veio ajudar na apanha da azeitona.
«Eles têm muito jeito. Portaram-se muito bem», salientou. O proprietário referiu as dificuldades para arranjar trabalhadores. Das 15 pessoas que há mais de uma semana apanham a azeitona nas suas propriedades, a maior parte vem do concelho distante de Resende.
Luís Barros referiu que o programa da Enoteca custa 55 euros e inclui ainda uma visita a um lagar, prova de três tipos de azeite, almoço tradicional feito em potes de ferro, uma visita à Enoteca e prova de vinhos, tudo acompanhado ao som da concertina.
Esta é a primeira Enoteca interactiva da Península Ibérica e mostra os processos e tradições da produção de vinho na mais antiga região demarcada do mundo. O processo vitivinícola é demonstrado através do recurso a robôs e manequins, que simulam, por exemplo, a pisa tradicional das uvas, a par de informação em plasmas e touch-screens sobre todos os vinhos expostos na Enoteca, em interactividade com o enólogo responsável pelo seu fabrico. Desde Fevereiro a Enoteca Douro já recebeu três mil visitantes.

Lusa/SOL
 
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