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Um geo-radar, embalagens de luminol, lasers para verificar trajectórias balísticas, reagentes, um aparelho electrostático, uma lanterna de luz forense – com vários comprimentos de onda –, gesso para reproduzir pegadas em três dimensões, kits de impressões digitais e para recolha de vestígios biológicos. Pode parecer o material usado pelos investigadores da série televisiva ‘CSI’, mas estes são apenas alguns dos equipamentos que a Polícia Judiciária tem desde ontem ao seu dispor em 12 carrinhas ao dispor dos seus peritos em investigação de cenas de crime.
O investimento – no valor de 400 mil euros – vai dotar todas as directorias e departamentos de um laboratório móvel. O objectivo, de acordo com o director nacional da PJ, Almeida Rodrigues, "é mudar a proximidade entre os equipamentos e o local do crime". Até agora era necessário deslocar meios do Laboratório de Polícia Científica, localizado em Lisboa, para os locais onde era preciso realizar análises forenses, independentemente da zona do País.
"Os vestígios de um crime, nomeadamente os biológicos, deterioram-se. Por isso, quanto mais próximo estivermos, mais probabilidades existem de recolhermos provas sólidas que conduzem ao autor do crime. As detenções só ocorrem quando há um quadro probatório muito sólido", explica Almeida Rodrigues.
O director nacional da PJ defende que o material adquirido coloca Portugal ao melhor nível entre as polícias de investigação criminal. "Não há polícia do Mundo melhor equipada do que a PJ. Temos o melhor que há", disse Almeida Rodrigues.
Para a directora do Instituto Superior da Polícia Judiciária e Ciências Criminais, Carla Falua, que entregou ontem os diplomas a 16 novos peritos em análise de cenas de crime, os novos equipamento vão mostrar que "não é só nos filmes que as coisas acontecem. Aqui também conseguimos fazer".
PORMENORES
162 DETENÇÕES
De acordo com o ministro da Justiça, Alberto Costa, só em Novembro a PJ fez 162 detenções, das quais resultaram 81 prisões preventivas. "É um sinal que mostra à sociedade que não estamos de braços cruzados", acrescentou o ministro.
IMPORTAÇÃO
Os novos laboratórios móveis foram concebidos por elementos do Laboratório de Polícia Científica, que determinaram quais os equipamentos a ser adquiridos e como seriam colocados nas carrinhas. O material teve de ser adquirido nos EUA, Inglaterra, Holanda e França.
80 PERITOS
O Laboratório de Polícia Científica conta agora com 80 peritos – os últimos 16 receberam os diplomas ontem – que estarão distribuídos por todo o País. Fernando Viegas, um dos responsáveis, diz que estes são "mais cientistas do que polícias".
João C. Rodrigues