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Vítimas com medo de assaltantes soltos

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Nov 18, 2007
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Manuel Freitas , dono do Museu do Ouro de Viana do Castelo e da ourivesaria assaltados por quatro dos suspeitos anteontem libertados devido a uma falha processual, teme pela sua segurança. O mesmo sentimento têm as testemunhas e o agente da PSP baleado na troca de tiros entre polícias e ladrões, no início da tarde de 6 de Setembro.

"Assim, vale a pena ser ladrão", disse ao CM Manuel Freitas, comentando a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que acatou uma declaração de inconstitucionalidade do tribunal competente. Aquele considerou que pelo facto de os advogados dos suspeitos não terem sido ouvidos quando o processo foi decretado especialmente complexo o mesmo devia baixar a inquérito. O que fez com que os prazos de prisão preventiva fossem ultrapassados.

O proprietário do Museu do Ouro e da Ourivesaria Freitas só espera que o que considera ser uma "falha humana" dos magistrados seja rapidamente colmatada. "Estes homens são perigosos e não deviam estar em liberdade", diz, assumindo ter receio, tal como todos os envolvidos na acusação ao gang. Conta que recebeu telefones "estranhos e outros ameaçadores" de desconhecidos. "Põe-te a pau. A seguir és tu", foram, segundo Manuel Freitas, as frases que ouviu nestes contactos.

Filipe Alves, um dos agentes da PSP de Viana do Castelo, baleado no assalto, também manifestou ao CM a sua revolta. Receia, sobretudo, pela segurança da sua família. O polícia foi atingido com oito tiros e esteve em estado muito crítico.

GRUPO PRESO UM MÊS DEPOIS

O processo tem seis arguidos, naturais de Santo Tirso, Paços de Ferreira, Vizela, Vila Nova de Famalicão e Trofa, entre os 20 e os 30 anos. O grupo foi capturado cerca de um mês depois, numa operação da Polícia Judiciária de Braga que decorreu nos locais de residência dos suspeitos. Foram realizadas 18 buscas domiciliárias, nas quais a PJ apreendeu as armas de fogo, nomeadamente caçadeiras de canos serrados e pistolas, que terão sido usadas no assalto. Seis suspeitos foram detidos e presentes ao juiz no Tribunal de Viana do Castelo, que determinou prisão preventiva – a medida de coacção mais grave – para quatro deles. A um quinto foram decretadas apresentações periódicas e um sexto continua em parte incerta.

SUSPEITO FORAGIDO ENTREGOU-SE E FICOU PRESO

No mesmo dia em que foram libertados os quatro arguidos, um quinto elemento do gang entregou-se à justiça. Bruno André Ferreira foi presente a um juiz de instrução que lhe decretou a prisão preventiva como medida de coacção. Está no Estabelecimento Prisional de Viana do Castelo. Bruno Ferreira ficou ferido durante o assalto e já recuperado fugiu para a Suíça com a ajuda de familiares. O respectivo processo de extradição estava em curso, mas, segundo apurou o CM, o arguido optou por se entregar voluntariamente anteontem.

Um outro assaltante está ainda a monte e um sétimo foi baleado mortalmente durante a intervenção com a Polícia de Segurança Pública de Viana do Castelo. n

PORMENORES

OURO NÃO APARECEU

Os milhares de euros em peças de ouro que foram roubadas nunca foram recuperados. Manuel Freitas pede 650 mil euros de indemnização.

VÍTIMA PARAPLÉGICA

Um septuagenário foi atingido por uma bala da polícia perdida e ficou paraplégico. É emigrante em França, onde continua a viver. Não é conhecido qualquer processo contra o Estado.

TROCA DE TIROS

A PSP e os assaltantes trocaram tiros em pleno centro de Viana, gerando o pânico. Um polícia foi baleado com oito tiros no tórax e nos braços. Já está ao serviço.

CARROS INCENDIADOS

Após o assalto, fugiram numa carrinha roubada, que viriam a incendiar poucos minutos depois num caminho em S. Romão de Neiva, prosseguindo a fuga numa outra viatura, também furtada.
Manuela Teixeira
 
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