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Cães sem trabalho na cadeia

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Nov 18, 2007
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Os serviços prisionais têm cães treinados para patrulhar e detectar droga nas cadeias que não estão a ser utilizados. Os guardas queixam-se da falta de coragem dos superiores para combater o principal foco desestabilizador dos reclusos.

Segundo apurou o CM, a anterior Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) tinha planeado a instalação de equipas cinotécnicas no Norte, Centro e Sul do País. Os binómios homem-cão receberam formação e estavam em condições de actuar, quer no patrulhamento em meio prisional, quer na detecção de droga.

Com a mudança de dirigentes, os planos alteraram-se. E as equipas desagregaram-se. "Na cadeia de Pinheiro da Cruz, por exemplo, há cães que ficaram cegos e desobedientes, porque os homens desmotivaram e deixaram de os treinar", queixa-se Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP).

A única equipa que ainda resiste é a do Linhó, "pela boa vontade e persistência" do grupo cinotécnico, mas raramente é chamada a intervir, adianta o dirigente.

Sendo um meio "excelente e eficaz para combater o tráfico de droga nas cadeias", Jorge Alves, não compreende o desinteresse da DGSP neste serviço: "A única explicação que encontro é a falta de coragem para combater um problema que existe há muitos anos." "Tiveram formação, têm os meios, mas os cães ficam fechados nos canis e a droga continua a entrar nas cadeias", lamenta o dirigente.

Em resposta, a DGSP alega que nunca existiram "equipas cinotécnicas formalmente constituídas", mas sim "explorações económicas de criação de cães". E assegura, que quando é preciso usar este "eficaz meio auxiliar em revistas e buscas", solicitam os caninos da GNR.

"Em dez anos, que estou na cadeia de Custóias, só vi usarem esses cães uma vez", contrapõe Jorge Alves.

DETALHES

APREENSÕES

Até ao final de Novembro, tinham sido apreendidos 5,4 quilos de estupefacientes em meio prisional, segundo dados da DGSP.

PROJECTO

Os serviços prisionais asseguram que foi criado um grupo de trabalho para avaliar a possível criação de meios cinotécnicos próprios, com base nos recursos existente na cadeia de Linhó.

EQUIPAMENTO

Os guardas prisionais queixam-se da falta de kits, que permitam uma análise rápida aos estupefacientes. Quando há apreensões, a droga tem de ir para a PJ para ser analisada.

PREVENÇÃO

A eficácia do uso dos cães nas cadeias pode ser comprovada por um caso relatado por Jorge Alves. "Num dia de visita, um guarda parou à porta com um cão e metade das pessoas foram-se embora."
Francisco Pedro
 
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