O primeiro-ministro da Guiné-Conacri, Ahmed Tidiane Souaré, anunciou esta madrugada na televisão que decretou luto nacional de 40 dias pela morte do Presidente Lansana Conté, de 74 anos, ocorrida na noite de ontem.
A morte de Conte, que governou a Guiné-Conacri com mão de ferro durante 24 anos, foi anunciada cerca das 02:00 de Lisboa pelo presidente da Assembleia Nacional, Aboubacar Somparé.
O "general-presidente" não hesitava em reprimir violentamente todos os movimentos de contestação ao seu governo, considerado "catastrófico" por organizações não governamentais.
Este militar de carreira apossou-se do poder a 3 de Abril de 1984, uma semana após a morte do "pai fundador" da Guiné, Ahmed Sekou Touré.
Curiosamente, os primeiros actos políticos de Conte, quando retirou o poder interino das mãos do então primeiro-ministro Louis Lansana Beavogui, foram denunciar a repressão política de Sekou Touré, libertar 250 presos políticos e encorajar o regresso de 200.000 guineenses do exílio.
Em breve Conte decepciona os que ansiavam pela democratização do país, apoiando-se nas forças armadas para resistir a uma tentativa de golpe de estado em 1985 e esmagando sangrentamente um motim de soldados em1996.
Sob pressão, faz adoptar uma nova Constituição prevendo a existência de partidos políticos, mas as eleições nunca serão livres nem transparentes.
Vence as presidenciais de 1993 e de 1998, mas a oposição boicota o referendo constitucional de 2001 que lhe permite a presidência vitalícia e a eleição de 2003, que vence, com 95,63 por cento face a um único adversário.
Lusa
A morte de Conte, que governou a Guiné-Conacri com mão de ferro durante 24 anos, foi anunciada cerca das 02:00 de Lisboa pelo presidente da Assembleia Nacional, Aboubacar Somparé.
O "general-presidente" não hesitava em reprimir violentamente todos os movimentos de contestação ao seu governo, considerado "catastrófico" por organizações não governamentais.
Este militar de carreira apossou-se do poder a 3 de Abril de 1984, uma semana após a morte do "pai fundador" da Guiné, Ahmed Sekou Touré.
Curiosamente, os primeiros actos políticos de Conte, quando retirou o poder interino das mãos do então primeiro-ministro Louis Lansana Beavogui, foram denunciar a repressão política de Sekou Touré, libertar 250 presos políticos e encorajar o regresso de 200.000 guineenses do exílio.
Em breve Conte decepciona os que ansiavam pela democratização do país, apoiando-se nas forças armadas para resistir a uma tentativa de golpe de estado em 1985 e esmagando sangrentamente um motim de soldados em1996.
Sob pressão, faz adoptar uma nova Constituição prevendo a existência de partidos políticos, mas as eleições nunca serão livres nem transparentes.
Vence as presidenciais de 1993 e de 1998, mas a oposição boicota o referendo constitucional de 2001 que lhe permite a presidência vitalícia e a eleição de 2003, que vence, com 95,63 por cento face a um único adversário.
Lusa