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brunocardoso

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Zimbabué: Nove activistas continuam desaparecidos apesar de ordem de tribunal para sua libertação



Harare, 25 Dez (Lusa) - Nove activistas zimbabueanos raptados e acusados de conspiração continuam hoje detidos, apesar de uma decisão judicial que ordenou a sua transferência para um hospital, segundo fonte partidária.

"A polícia não respeitou a decisão (de quarta-feira) do tribunal", e "duvido que o faça", disse à Agência France Presse (AFP) Beatrice Mtetwa, uma dos advogados de defesa.

"Pedimos que os activistas e que os outros militantes raptados sejam libertados", afirmou o porta-voz do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Nelson Chamisa.

Um tribunal de Harare ordenou quarta-feira que os nove militantes, entre os quais há um bebé de dois anos, fossem transferidos, do local onde se encontram detidos, para um hospital.

Jestina Mukoko, directora da Organização Não Governamental (ONG) Zimbabwe Peace Project (ZPP) e dois de seus funcionários foram acusados de recrutarem ou de incitarem pessoas a efectuar treinos militares no Botsuana, para derrubar o governo do Presidente Robert Mugabe, segundo a defesa.

Outras seis pessoas do MDC, entre os quais se encontra o bebé, foram também raptadas e acusadas de conspiração.

Os advogados de defesa pediram a sua libertação, acusando o regime de ter torturado alguns dos militantes.

A directora do ZPP, organização nacional de Direitos Humanos que trabalhou no terreno na altura da violência que eclodiu após a vitória do líder do MDC, Morgan Tsvangirai, nas eleições gerais de fim de Março, foi raptada quando se encontrava em casa, a 03 de Dezembro, por homens armados que se apresentaram como polícias.

A responsável está a ser detida em local desconhecido.

O tribunal ordenou à polícia que investigue estes casos de rapto e a União Europeia (UE) exigiu a sua libertação.

Várias dezenas de militantes do MDC e defensores dos Direitos Humanos foram dados como desaparecidos nos últimos meses, tendo a maioria sido raptada nos seus domicílios em circunstâncias semelhantes às de Mukoko.

O ministro das Informações, Sikhanyiso Ndlovu, desmentiu, no passado dia 09, que o Estado apoie estes acontecimentos.

"Se algumas pessoas são levadas pela polícia para serem investigadas, os familiares dizem que foram raptadas", alegou.

Dez dias depois, Tsvangirai ameaçou suspender as negociações com Mugabe para a formação de um governo de união nacional se os raptos continuassem.

Na altura, pediu também que os 42 membros do seu partido ou militantes de Direitos Humanos fossem libertados ou presentes a tribunal, até 01 de Janeiro.

Entretanto, a epidemia de cólera que alastrou pelo país em resultado do colapso das redes de tratamento e abastecimento de água, tratamento de esgotos e geração de electricidade já causou mais de mil mortos, espalhando-se a países vizinhos como Moçambique e África do Sul.

A taxa de inflação no Zimbabué já ultrapassou os 230 milhões por cento ao ano, a economia paralisou e milhões de cidadãos procuraram refúgio em países da região.

MV.
Fonte:Lusa/Fim
 

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