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Petróleo sobe 3% com anúncio de corte da produção dos Emirados Árabes Unidos
Os preços do crude encontram-se em alta nos mercados internacionais, depois dos Emirados Árabes Unidos terem hoje confirmado que irão reduzir a sua produção, de modo a cumprir com as novas quotas da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), ao mesmo tempo que os investidores estão a dar ordens de compra por considerarem que a descida dos preços em mais de 30% já registada este mês é excessiva.Pedro Duarte
Às 10h07, o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Fevereiro era negociado no ICE de Londres a subir 89 cêntimos, ou 2,43%, para os 37,50 dólares, enquanto que o contrato de Fevereiro do West Texas Intermediate (petróleo de referência nos Estados Unidos) avança 1,36 dólares, ou 3,85%, para os 36,70 dólares no NYMEX de Nova Iorque.
Segundo afirmou um especialista à agência Bloomberg, "a tendência dos preços do crude deve-se provavelmente ao anúncio por parte dos Emiratos Árabes Unidos (EAU)", uma vez que tanto estes como a Arábia Saudita "parecem estar a cumprir totalmente" com a decisão de cortes da produção por parte da OPEP.
Hoje, a companhia petrolífera estatal dos EAU, a Abu Dhabi National Oil, anunciou aos seus clientes que irá reduzir os seus fornecimentos de petróleo para a Ásia em Janeiro e Fevereiro. Esta redução surge depois da OPEP ter decidido no passado dia 17 aumentar ainda mais os cortes dos seus fornecimentos, e colocar um limite de produção para 11 dos seus membros nos 24,84 milhões de barris por dia, menos 4,2 milhões de barris por dia do que em Setembro.
Os preços do crude deverão registar em 2008 a primeira queda anual, depois de seis anos consecutivos de ganhos, uma vez que a recessão global está a reduzir o consumo de combustível nas maiores economias do mundo. No passado mês de Julho, o petróleo atingiu um recorde histórico nos 147,50 dólares por barril.
"Não existe procura de crude. O mundo está em recessão", notou à Bloomberg um analista do Mizhuo Investors Securities.
A piorar o sentimento dos investidores está o facto de ter sido hoje revelado que a produção industrial japonesa caiu 8,1% em Novembro, mais do que o esperado pelos especialistas e a descida mais forte desde 1953.
JN
