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Mais de mil milhões por aplicar na Agricultura

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Set 24, 2006
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Os agricultores portugueses não conseguiram aceder nos últimos quatro anos a mais de mil milhões de euros dos fundos comunitários. A culpa, segundo o presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), João Machado, é da "política desastrosa" do Governo, tendo a situação merecido mesmo um alerta do Presidente da República na sua mensagem de Ano Novo.



"O ministro da Agricultura conseguiu o enorme feito de ter à sua disposição mais de mil milhões de euros e de não os utilizar", denunciou, em declarações ao CM, João Machado, que acusa Jaime Silva de "penalizar" os agricultores.
Mais de 180 milhões de euros são irrecuperáveis, mas cerca de 850 milhões, disponibilizados pela UE desde 2007, ainda poderão ser utilizados. Para isso, segundo a CAP, é necessário que o Ministério da Agricultura avalie as candidaturas e anuncie os resultados. "Por falta de uma decisão do Governo, os agricultores ficaram mais um ano sem qualquer apoio para investir na modernização do sector", apontou João Machado. De acordo com o presidente da CAP, muitos agricultores poderão mesmo vir a abandonar a actividade por falta de apoios. O Ministério da Agricultura recusou comentar a situação.
Preocupado com a situação, Cavaco Silva deixou anteontem um aviso ao Governo: "Os agricultores [...] sentem-se penalizados face aos outros agricultores europeus por não beneficiarem da totalidade dos apoios disponibilizados pela União Europeia".
CERCA DE CEM EXPLORAÇÕES PODEM FECHAR
O presidente da Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT), Luís Simões Ferreira, admitiu ontem que este ano "cerca de uma centena de explorações agro-pecuárias locais podem encerrar", devido à redução em 45 cêntimos do preço do litro do leite.
"Os cerca de oitocentos produtores de leite da ilha Terceira vão receber este ano menos seis milhões de euros, o que é um prejuízo muito elevado", afirmou Paulo Simões Ferreira. Segundo o dirigente associativo, aquele valor tem por base "a produção estimada em 126 milhões de litros de leite produzidos em 2008" e, de acordo com as contas da AAIT, "o prejuízo médio por exploração é de 7500 euros", o que na actual conjuntura "é problemático".
COMERCIANTES TEMEM FECHOS
As associações de comerciantes temem que muitas empresas fechem as portas neste ano devido à falta de apoios do Estado. A "luta diária pela sobrevivência" dos pequenos comerciantes foi destacada na mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Cavaco Silva, mas as associações receiam que o Governo não seja sensível à situação problemática de muitas empresas. "Não nos queremos resignar, mas infelizmente a experiência diz-nos que não podemos confiar naqueles que têm beneficiado minorias poderosas em detrimento de classes desfavorecidas", afirmou a Associação de Comerciantes do Porto.
Já o presidente da União de Comerciantes de Lisboa, Vasco de Mello, sublinhou ao CM que é muito difícil as empresas "acederem aos fundos ". E advertiu: "Os apoios são uma necessidade urgente."
NOTAS
MENOS 40 MIL CANDIDATOS
Segundo a CAP, o novo sistema de candidaturas aos fundos da UE fez reduzir o número de candidaturas em 40 mil devido à burocracia.
DIFICULDADES
A Confederação de Comércio lamenta que o Governo não esteja sensibilizado para as dificuldades que os comerciantes atravessam.
FUNDOS IRREGULARES
Portugal vai ter de devolver 580 mil euros de verbas da PAC devido à falta de controlo financeiro.
 
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