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- Set 24, 2006
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Este ano pode tornar-se um dos mais negros para o sector têxtil em Portugal, em especial nos vales do Ave e do Cávado, prevendo os sindicatos do sector que as dezenas de falências que se anunciam resultem em mais de 50 mil novos desempregados.
Fonte do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes revelou ao CM que só nos concelhos de Guimarães, Vizela, Famalicão e Barcelos há pelo menos três dezenas de empresas em situação de pré-falência, "algumas delas com várias centenas de trabalhadores".
Esta situação levou já a União dos Sindicatos de Braga (USB) a pedir medidas especiais ao Governo, no sentido de evitar despedimentos em massa e também com o objectivo de apoiar os desempregados de longa duração, que, diz Adão Mendes, coordenador da USB, "são cada vez em maior número no distrito de Braga".
Os empresários subscrevem um panorama de "enormes dificuldades", com "dezenas de empresas com a corda na garganta", mas atiram o grosso das culpas para a banca.
"Os bancos estão a estrangular as empresas têxteis e metalúrgicas, ao aplicarem spreads de 12 ou 13 por cento nos créditos para dificuldades de tesouraria, que resultam em juros superiores a 17 por cento", disse ao CM Carlos Teixeira, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Guimarães (ACIG).
Para este dirigente, "a banca está a agir de forma injusta ao dificultar o crédito a empresas sérias e sólidas só por serem dos sectores têxtil ou metalúrgico", criticando o facto de o Governo ter dado à banca poder de decisão no acesso às verbas do programa PME Investe 3.
Barcelos é um dos concelhos onde as falências e o desemprego se farão sentir com maior intensidade, já que o têxtil emprega 80 por cento da população activa.
A Associação Comercial e Industrial de Barcelos admite que, só no concelho, venham a perder o emprego mais de 20 mil trabalhadores do sector têxtil.
OUTROS DADOS
FAMÍLIAS MAIS POBRES
Nos vales do Cávado e Ave há famílias inteiras a trabalhar no têxtil, o que faz prever um cenário de aumento da pobreza.
EMPRESA FECHA PORTAS
Um dos mais recentes casos de falência no concelho de Barcelos é o da fábrica TOR, cujo encerramento atirou mais de 250 pessoas para o desemprego.
520 MIL DESEMPREGADOS
O ano acabou com 409 mil inscritos no Instituto do Emprego mas os sindicatos dizem que há 520 mil sem trabalho.
Fonte do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes revelou ao CM que só nos concelhos de Guimarães, Vizela, Famalicão e Barcelos há pelo menos três dezenas de empresas em situação de pré-falência, "algumas delas com várias centenas de trabalhadores".
Esta situação levou já a União dos Sindicatos de Braga (USB) a pedir medidas especiais ao Governo, no sentido de evitar despedimentos em massa e também com o objectivo de apoiar os desempregados de longa duração, que, diz Adão Mendes, coordenador da USB, "são cada vez em maior número no distrito de Braga".
Os empresários subscrevem um panorama de "enormes dificuldades", com "dezenas de empresas com a corda na garganta", mas atiram o grosso das culpas para a banca.
"Os bancos estão a estrangular as empresas têxteis e metalúrgicas, ao aplicarem spreads de 12 ou 13 por cento nos créditos para dificuldades de tesouraria, que resultam em juros superiores a 17 por cento", disse ao CM Carlos Teixeira, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Guimarães (ACIG).
Para este dirigente, "a banca está a agir de forma injusta ao dificultar o crédito a empresas sérias e sólidas só por serem dos sectores têxtil ou metalúrgico", criticando o facto de o Governo ter dado à banca poder de decisão no acesso às verbas do programa PME Investe 3.
Barcelos é um dos concelhos onde as falências e o desemprego se farão sentir com maior intensidade, já que o têxtil emprega 80 por cento da população activa.
A Associação Comercial e Industrial de Barcelos admite que, só no concelho, venham a perder o emprego mais de 20 mil trabalhadores do sector têxtil.
OUTROS DADOS
FAMÍLIAS MAIS POBRES
Nos vales do Cávado e Ave há famílias inteiras a trabalhar no têxtil, o que faz prever um cenário de aumento da pobreza.
EMPRESA FECHA PORTAS
Um dos mais recentes casos de falência no concelho de Barcelos é o da fábrica TOR, cujo encerramento atirou mais de 250 pessoas para o desemprego.
520 MIL DESEMPREGADOS
O ano acabou com 409 mil inscritos no Instituto do Emprego mas os sindicatos dizem que há 520 mil sem trabalho.