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Irregularidades na CP investigadas

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GF Ouro
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A Inspecção-Geral de Obras Públicas está a investigar denúncias feitas por um grupo de 43 funcionários da CP, que acusam a empresa de ser uma “estrutura que assume contornos de associação criminosa”.

De acordo com a edição de sábado do semanário ‘Sol’, a queixa feita por 43 quadros técnicos e não-técnicos incluiu 15 situações suspeitas, entre as quais a manutenção de contratos sem concurso ou um contrato com a Siemens para manutenção de locomotivas que o Presidente da empresa pretende assinar, mas que não foi aprovado pelo Conselho de Gerência.
Os funcionários denunciam que na base destes contratos estão interesses de Cardoso dos Reis e a empresa alemã e a ânsia de comprar automotoras e moldes que não favorecem a empresa, dado que no mercado há opções mais vantajosas e baratas que não foram consideradas.
A mesma queixa refere ainda que Paulo Magina, membro do Conselho de Gerência, comprou milhares de vacinas contra a gripe na farmácia da sua esposa, mas estas nunca foram entregues na CP.
O semanário ‘Sol’ revela ainda a existência de um contrato fantasma entre a CP e a Ferbritas, que já foi gerida por Cardoso dos Reis, e para uma outra situação que envolve a Nasacar, onde trabalha o genro do presidente da CP, uma subsidiária da empresa.
Os autores da denúncia consideram que fica provada a existência de um grupo que goza de privilégios anormais com a conivência de alguns membros do Conselho de Gerência da CP. O Primeiro-ministro e o Procurador-Geral da República já receberam estas informações, que o Ministério das Obras Públicas, tutelado por Mário Lino, já mandou investigar.
Paulo Magina já reagiu às acusações dizendo que são falsas e que não tem qualquer conhecimento da prática destes ilícitos. A CP, que já terá reunido de urgência para debater o caso, anunciou que pretende apresentar uma queixa-crime contra os autores da denúncia.
 

migel

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Transportes: CP garante ter elementos para rebater acusações de ilegalidades

03 de Janeiro de 2009, 15:46

Lisboa, 03 Jan (lusa) - O presidente dos Comboios de Portugal (CP) recusou hoje as acusações de actos ilegais de gestão feitas por quadros técnicos da empresa e assegura que tem elementos para rebater, ponto por ponto, cada uma das denúncias.
O semanário Sol noticiou hoje que a Inspecção-Geral de Obras Públicas está a investigar a CP na sequência de uma denúncia apresentada por funcionários da empresa que, numa carta anónima, relatam "um conjunto de situações graves e de actos ilegais de gestão".
Em declarações à Agência Lusa, o presidente do conselho de gerência da CP, Cardoso dos Reis, disse "rejeitar liminarmente todas aqueles acusações falsas, insidiosas e maldosas", classificando-as de "mentiras e distorções da realidade".
Cardoso dos Reis assegurou, por outro lado, estar "descansado quanto à investigação" aberta pela Inspecção-Geral e ter todos os elementos necessários para rebater, ponto por ponto, cada uma das acusações.
"Sobre essa questão não tenha dúvidas. Temos elementos para responder, uma a uma, às acusações e, se houver alguma fragilidade, que eu não conheço, obviamente que será necessariamente corrigida", disse.
"A CP é uma empresa pública, transparente, que não esconde nem pode esconder as suas práticas. É objecto de auditorias de várias entidades, normalíssimas (...), para verificar se os procedimentos que temos internamente são os mais adequados", afirmou noutro passo, acrescentando que a empresa existe há décadas e "está sempre a tentar melhorar os procedimentos".
Sobre uma das acusações feita pelos denunciantes - de que o presidente do conselho de gerência pretende assinar um contrato com a Siemens em moldes contrários aos interesses da CP e ignorando pareceres internos que o desaconselhavam - Cardoso dos Reis nega qualquer intenção ou procedimento irregular e sublinha que não toma decisões sozinho.
"Não há nenhum contrato assinado com a Siemens. Há um contrato em discussão e se for bom para a empresa vai ser assinado", disse.
"Numa empresa, as decisões são baseadas em informações por parte dos serviços financeiros, jurídicos (...). Depois, são encaminhadas para o conselho de gerência, que as analisa, aprova ou rejeita, e assina posteriormente contratos. Não são actos isolados, o conselho de gerência da CP tem cinco pessoas e as decisões são sempre tomadas por unanimidade", salientou.
Cardoso dos Reis lamentou por outro lado que se esteja a "dar credibilidade a textos anónimos", feitos por "pessoas que nem se sabe quem são, nem mesmo se são da CP", e sublinhou que "toda a gente conhece" o seu "comportamento impoluto", referindo a propósito que a empresa, "uma referência em termos de governação", recebeu em 2008 o 1º prémio de boas práticas do sector empresarial do Estado.
Questionado sobre se tinha conhecimento da denúncia, o responsável afirmou saber "há três dias" da existência de "um e-mail anónimo", enviado de "um endereço daqueles que se criam para este tipo de coisas", com "um conjunto de acusações", e que soube hoje pelos meios de comunicação social que vai ser aberto um inquérito.
A Lusa contactou também o Ministério das Obras Públicas, para um comentário, mas o pedido foi rejeitado com o argumento de que não vão ser feitas quaisquer declarações por estar a decorrer o inquérito.
MDR.
Lusa/Fim
 
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