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Paulo Camoesas, advogado de ‘Quinito’, assegurou ao CM que o recurso que está a ser analisado pela Relação de Lisboa "sustenta o facto de que era impossível o Fábio ter praticado o carjacking de que é suspeito".
"Apresentámos provas médicas, recibos de farmácias, que sustentam que o Fábio estava doente em casa a 10 de Dezembro, à hora em que alegadamente ocorreu o carjacking em Paio Pires", explicou o causídico.
Por isso, acrescentou Paulo Camoesas, "impõe-se efectuar novos reconhecimentos presenciais e fotográficos, já que os que constam no processo, e que sustentam a presença do Fábio no local do crime, não fazem sentido".
"Vamos pedir a repetição dessas diligências", concretizou Paulo Camoesas. O advogado acrescentou ainda ser "duvidosa" a descrição do carjacking feita no processo, já que ‘Quinito’ tem apenas 1,50m, "o que torna pouco provável a possibilidade de ter dominado uma mulher com 1,80m, como a alegada vítima".
Paulo Camoesas relembrou também ao CM que não existem quaisquer provas que liguem o seu cliente à concretização de algum furto de caixa multibanco.
Por tudo isto, o defensor de Fábio Rodrigues avançou, logo na semana seguinte à detenção do seu cliente (preso preventivo desde 17 de Dezembro), com um recurso de revogação da medida de coacção.
"Solicitámos a revogação da prisão preventiva e a colocação do Fábio em prisão domiciliária, na sua casa do bairro da Bela Vista, em Setúbal, controlado por pulseira electrónica", concluiu Paulo Camoesas.
PORMENORES
PRESO NA CADEIA DA PJ
Fábio Rodrigues cumpre prisão preventiva desde 17 de Dezembro, na zona prisional da Polícia Judiciária, em Lisboa.
REVISÃO EM MARÇO
O tribunal vai reavaliar a medida de coacção de ‘Quinito’ em Março.
Miguel Curado