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Os pilaretes retracteis só baixam para os carros de moradores devidamente credenciados. O sistema está em funcionamento nos acessos ao Centro Histórico de Gaia há cerca de dois meses e já apanhou de surpresa mais de cem automobilistas, que ficaram com os carros danificados.
Alguns dos lesados decidiram processar a Câmara de Gaia e a Brisa, a empresa responsável pelo serviço. Torcato Magalhães é um dos condutores que ficou com o jipe danificado e cujo arranjo está avaliados em mais de cinco mil euros. O choque com o pilarete aconteceu nos primeiros dias de funcionamento do sistema.
"Eu não sabia e fui para o Tribunal de Gaia pela rua Cândido dos Reis. Tinha um autocarro à frente e fiquei sem visibilidade para os semáforos e avisos. Quando o autocarro arrancou eu também avancei e o pilarete subiu", contou ao CM Torcato Magalhães. Para além dos danos no jipe, o condutor sofreu ferimentos ligeiros devido ao embate. Foi também o que aconteceu com outros 107 automobilistas travados pelo pilarete na rua Cândido dos Reis. O CM sabe que pelo menos dez deles já avançaram com processos judiciais. O número de acidentes nas outras ruas que têm o sistema também é significativo.
As queixas argumentam que a sinalização sobre o sistema é confusa para quem não mora na zona e levantam ainda dúvidas sobre a sua legalidade.
OUTROS DADOS
COMERCIANTES
Os comerciantes do Cais de Gaia também se queixam da existência dos pilaretes. Dizem que provocam muitos acidentes e que são desnecessários.
ATENÇÕES DESVIADAS
Os moradores da zona dizem que muitos dos acidentes também acontecem, porque os condutores estão distraídos pelos muitos sinais sobre atracções turísticas do Cais de Gaia.
CÂMARA NÃO CONCORDA
Os autarcas de Gaia não aceitam os argumentos contra o sistema de pilaretes. Dizem que objectivo é libertar o Centro Histórico do trânsito.
OUTROS LOCAIS
Um sistema idêntico é utilizado no Centro Histórico de Braga. Só que, na capital do Minho, o acesso é feito através de um cartão por viatura.
Manuela Teixeira