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Agredida pelo marido é “gozada em tribunal”

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Nov 18, 2007
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"Sinto-me gozada e alvo de chacota no tribunal." Nervosa e emocionada, Maria Cândida, professora agredida pelo marido durante mais de 30 anos está revoltada "com a falta de sensibilidade" do Tribunal de Gondomar. O ex-companheiro, Angelino, está a ser julgado e desmente tudo. "A juíza está a fazer um frete. Acha que estou a mentir. Só não acredita quem não quer", refere a docente, 62 anos, que sublinha ter sido maltratada em tribunal, a par das testemunhas.



Admirada com o desenrolar do caso, a advogada Fátima Castro promete luta até ao fim. "Não há pior violência do que o violador tentar convencer a vítima de que a violência foi uma distorção da realidade", lembra a jurista que reconhece estar com o maior caso da sua vida. "É de uma violência brutal, o MP e a juíza acharem que a Cândida e as testemunhas mentem só porque não se lembram em que local do corpo viram as pisaduras", frisou.

Cândida é eloquente até à altura em que se questionam os episódios de pancada. "Tentei esconder até dos meus filhos. Agora relembro e fico nervosa." Diz que perdeu o coração quando soube que os dois filhos eram testemunhas do pai. Um deles viu-a levar pontapés. Levava murros na cabeça e era insultada. "Chamava-me atrasada mental", diz a mulher que enfrenta ainda um caso financeiro difícil. Terá de pagar um milhão de euros de dívidas dos negócios de Angelino, cuja execução se aproxima.

DETALHES

PERFIL DO AGRESSOR

A maioria dos agressores são homens, cônjuges e/ou ex-cônjuges da vítima. Regra geral são portadores de vários transtornos psíquicos, dependentes de substâncias químicas e alcoólicas. Têm baixa auto-estima.

VÍTIMAS MORTAIS

O número de mulheres vítimas mortais de violência doméstica quase duplicou de 2007 para 2008, segundo a União de Mulheres Alternativa e Resposta. A UMAR detectou um aumento de 21 casos registados em 2007 para 40 em 2008 de mulheres que não resistiram às agressões.
Pedro Sales Dias
 
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