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Sargento Luís Gomes confrontado com incoerências entre livro e testemunho em tribunal

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Sargento Luís Gomes confrontado com incoerências entre livro e testemunho em tribunal
O advogado do pai da menor Esmeralda Porto pediu hoje ao Tribunal de Torres Novas para confrontar alegadas contradições do testemunho do sargento Luís Gomes com o que está escrito no livro Amo-te filha

Decisão do tribunal em manter Esmeralda com o pai «é uma monstruosidade»


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O livro, escrito na primeira pessoa pelo militar, tem como autor a jornalista Patrícia Silva e nessa obra o sargento diz que todas as decisões quanto ao futuro da menor foram discutidas com a mulher, que está acusada de sequestro e subtracção de menor.

Hoje, na audiência, o sargento Luís Gomes disse que evitou falar dos processos judiciais que envolviam a menor com a mulher, procurando poupá-la e assumindo pessoalmente as decisões que envolveram a não entrega da menor ao pai, Baltazar Nunes, como estava estipulado pelo tribunal.

«Entende-se como útil e necessário que a testemunha seja confrontada com as contradições aludidas», de «modo a elucidar o tribunal sobre qual das duas é verdadeira», afirmou José Luís Martins.

Por isso, o advogado solicitou a «junção aos autos de fotocópias de extractos e folhas do referido livro», um pedido que teve o apoio do Ministério Público mas ao qual o advogado do sargento se opôs.

O colectivo de juízes, presidido pela juíza Cristina Almeida e Sousa, remeteu para a tarde uma decisão sobre este requerimento, que foi interposto depois de duas horas de inquirições ao sargento Luís Gomes.

O militar assumiu pessoalmente a responsabilidade de ter evitado a entrega da menor durante dois anos, isentando de culpas a sua mulher, que «não sabia da maior parte das coisas».

Ao longo da sessão, a juíza-presidente criticou o comportamento do casal e da própria segurança social que iniciou um processo de adopção quando já existia um pai que havia requerido o poder paternal da criança.

São «formas de agir muito pouco consentâneas com situações deste melindre», afirmou a magistrada.

Para o final do dia está prevista a realização das alegações finais deste processo em tudo igual ao que condenou Luís Gomes há dois anos. Na ocasião, a mulher estava fugida à justiça, tendo-se entregue pouco depois.

A menor, actualmente com seis anos, foi entregue pela mãe, Aidida Porto, ao casal Luís Gomes e Adelina Lagarto quando tinha três meses de idade, num momento em que o pai não tinha ainda assumido a paternidade, algo que só fez quando a criança tinha um ano.

O ‘caso Esmeralda’ decorre nos tribunais desde há vários anos, depois de o progenitor ter perfilhado a filha e pedido o poder paternal, o que lhe foi conferido em 2004.

No entanto, a menor continua à guarda do casal e estão decorrer contactos regulares para promover a aproximação entre o pai e a criança, que está a ter acompanhamento de pedopsiquiatras nomeados pelo tribunal.

O julgamento de Adelina Lagarto teve início em Outubro e, na primeira sessão, a arguida, que está acusada de sequestro e subtracção de menor, negou ter sido notificada para entregar a criança ao pai, Baltazar Nunes, como havia sido decretado pela justiça.

Lusa / SOL
 
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