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Blogueiros contam o terror da guerra

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GF Bronze
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Nov 17, 2008
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Blogueiros contam o terror da guerra direto da Faixa de Gaza
Pessoas comuns relatam na internet o cotidiano do conflito.


Até o Departamento de Forças Armadas de Israel mantém um diário on-line.

“É realmente difícil postar daqui”. Esse é o título que o autor anônimo do blog "In Gaza" usou para chamar seu post escrito hoje (5). “Uma mancha de sangue na maca da ambulância, que parece uma piscina, está próxima ao meu casaco, o médico alerta que ele pode sujar. Que diferença faz? A mancha já não me revolta como aconteceria uma semana atrás. A morte enche o ar e as ruas de Gaza, eu não posso me estressar porque isso não é exagero”, diz.

A internet possibilita acompanhar quase instantaneamente fatos, como o conflito na Faixa de Gaza, que ocorrem em lugares distantes do Brasil. Uma ferramenta em especial proporciona uma viagem íntima e triste sem que o brasileiro se exponha fisicamente à guerra: os blogs. De acordo com o Technorati, site que indexa mais de um milhão de novos posts do mundo inteiro, no domingo (4) foram escritos mais de quatro mil textos sobre Gaza.



Veja a cobertura completa dos ataques de Israel à Faixa de Gaza


Do outro lado da tela, a Palestina


A emissora árabe Al-Jazeera, com sede em Doha, no Catar, faz uma cobertura intensa dos conflitos na região. Além da TV e dos sites em inglês e em árabe, eles abriram mais um canal de comunicação especialmente para quem quer acompanhar notícias do confronto em Gaza. No serviço de microblog Twitter, a emissora posta notícias a cada minuto sobre o conflito. A rede social, que permite publicação de posts com, no máximo, 140 caracteres, já é acompanhada por quase 3 mil pessoas.

O professor de ciência política As'ad AbuKhalil, que leciona na Universidade Estadual da Califórnia de Stanislaus, analisa de maneira crítica o conflito. O libanês escreve diariamente em seu blog "The Angry Arab" e recebe informações de leitores e amigos que vivem na região. Um dos posts diz: "Não se trata mais do Hamas. Assim que Israel passa a assassinar palestinos, a questão não é mais do Hamas, e na verdade nunca foi. Quando Israel mata, mata palestinos, todos os tipos de palestinos, jovens, velhos, com preferência para civis. Eu tenho sido um crítico do Hamas em árabe e em inglês, mas não criticarei o Hamas quando toda população palestina está sendo atacada por Israel”.

No blog “A Mother From Gaza”, a jornalista Laila El-Haddad contou hoje (5) uma ligação automática que seu pai recebeu em Gaza. “Advertência aos cidadãos de Gaza. O Hamas está te usando como escudo humano. Não dê ouvido a ele. O Hamas está te abandonando e se escondendo nos seus abrigos. Entregue-o agora”. A blogueira também conta que o exército israelense liga para avisar que as casas serão bombardeadas. “As pessoas deixaram de atender seus telefones”, diz. El-Haddad também usa o Twitter.

Mona El-Farra, autora do blog “From Gaza, with Love”, escreveu hoje: “Queridos amigos, não tenho palavras. Sem comentários, como vocês sabem, eu não estou em Gaza no momento, mas tudo o que ouvi de amigos e familiares são notícias horríveis”. Médica por formação e ativista, no momento está no Reino Unido e usa o diário para lamentar a distância da família. “Com o coração partido vejo as notícias desse sem precedente e selvagem ataque sobre os meus amigos, família e colegas em Gaza”.

Direto da cidade de Gaza, o blogueiro Rafah Kid apela no blog “RafahKid ft. Rafah Pundits”. “Antes que todo mundo da Faixa de Gaza esteja morto, entenda que o Hamas é um sintoma e não uma causa. A ocupação é a causa. (...) Estamos sem eletricidade, sem poder chamar ao telefone, na escuridão e chove fogo. As crianças estão gritando”, escreveu no domingo (4). O blogueiro também mantém um álbum de fotos no Flickr mostrando as consequências do bombardeiro como pessoas feridas e edificações arruinadas.

Giovana Sanchez e Isis Nóbile Diniz
Do G1, em São Paulo
 
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