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Gás: Rússia e UE assinam acordo para envio de observadores mas falta Ucrânia

Hdi

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Set 10, 2007
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A Rússia e a União Europeia (UE) assinaram hoje um acordo para que observadores da UE monitorizem o transporte do gás russo pela Ucrânia. No entanto, este acordo - uma condição essencial para a retoma do fornecimento do gás russo para a Europa - tem de ser assinado pela Ucrânia para entrar em vigor.

O acordo foi aprovado na sequência das conversações de hoje entre o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo checo, Mirek Topolanek, cujo país detém a presidência rotativa da União Europeia. Para Putin, o acordo por escrito é necessário para controlar o fluxo de gás para a Europa. Moscovo acusou a Ucrânia de roubar gás russo, mas Kiev negou de imediato a acusação.

Apesar do passo dado entre a União Europeia e Moscovo, a Ucrânia está contra as "condições inaceitáveis" exigidas pela Rússia para a criação de uma comissão internacional de observadores para controlar a passagem do gás através do seu território, declarou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Konstantin Elissev.

Kiev não aceita a proposta da Rússia com vista ao acesso ao sistema de transporte de gás não só da empresa russa Gazprom e de peritos da Comissão Europeia, mas também de mais representantes de cerca de 12 empresas de distribuição de gás europeias, cuja parte significativa do capital é controlada pela Gazprom.

"Ao mesmo tempo", continua Eliseev, "a parte russa não prevê o respectivo controlo das suas capacidades por terceiros países". "Trata-se de uma tentativa de estabelecer o controlo sobre o sistema de transporte de gás ucraniano com o objectivo da sua expropriação pela parte russa", acrescentou. Kiev defende que peritos da Comissão Europeia, Gazprom e Naftogaz da Ucrânia devem controlar não só o sistema de transporte de gás ucraniano, mas também o russo, e em igual medida.

"A parte ucraniana propôs que no protocolo sobre o controlo dos fornecimentos de gás tudo seja simétrico. Ou seja, a parte russa permite o acesso às suas estações de transporte de gás para o estudo do seu funcionamento, para análises das leituras dos contadores pelos peritos. E nós autorizaremos a fazer exactamente o mesmo nos sistemas ucranianos que transportam gás para a Europa", declarou Vladimir Trikolitch, vice-presidente da Naftogaz da Ucrânia. "Não compreendemos porque é que a Gazprom não quer assinar esse protocolo, tanto mais se temos uma abordagem semelhante", frisou.

As autoridades russas acusaram hoje o Presidente ucraniano, Victor Iuschenko, de impedir o trabalho da comissão de controlo internacional que se encontra em Kiev desde ontem. Não obstante as divergências, Trikolitch anunciou que se estão a registar progressos nas conversações entre a Gazprom e a Naftogaz, que se estão a realizar hoje em Moscovo.

Argélia disposta a aumentar fornecimento de gás à Europa

Entretanto a Argélia mostrou-se disposta a aumentar o fornecimento de gás aos seus clientes europeus, se os contratos o permitirem, disse hoje o ministro da Energia e das Minas argelino, Chakib Khelil. O responsável falava depois de ter recebido a ministra da Economia holandesa, Maria Van Der Hoeven, que está a realizar uma visita de trabalho de dois dias à Argélia.

O ministro argelino disse ainda que "se os contratos não o permitirem, não se pode aumentar o fornecimento". Sobre a crise que se instalou entre a Rússia e a Ucrânia, Chakib Khelil considerou que é "comercial e não política". Argel está em negociações com Madrid sobre o preço do gás, mas isso não será "motivo para a Argélia cortar o fornecimento de gás a Espanha", afirmou. A Argélia fornece actualmente à União Europeia cerca de 12 por cento das suas necessidades de gás natural através de gasodutos em Itália e em Espanha.

Por seu lado, a Ucrânia vai fornecer gás natural à Bulgária e à Moldávia, anunciou hoje a presidência ucraniana depois de a Rússia ter cortado as expedições de gás através do território ucraniano devido ao conflito instalado entre Moscovo e Kiev. "A Ucrânia vai fornecer à República da Bulgária e à República da Moldávia dois milhões de metros cúbicos de gás por dia, extraídos das reservas ucranianas, a partir de 10 de Janeiro", indicou a presidência em comunicado. A Bulgária e a Moldávia estão entre os países mais atingidos pelo corte total das expedições de gás russo para a Europa, através da Ucrânia.

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