• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Durão Barroso: «Crises financeira e económica e crise ambiental são um único combate»

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,473
Gostos Recebidos
1
Durão Barroso: «Crises financeira e económica e crise ambiental são um único combate»

Para Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, a actual grande dificuldade das negociações em curso sobre a aplicação do pacote 20/20/20 consistiu em «demonstrar que as medidas e metas estabelecidas fazem parte da solução europeia para a crise económica e ambiental global, devendo, mais do que nunca, ser encaradas como uma prioridade».

As medidas de luta contra as alterações climáticas e a redução da dependência do petróleo são, de acordo com o presidente, em entrevista ao jornal Água&Ambiente, «uma necessidade económica e uma plataforma para o crescimento, o emprego e o desenvolvimento de novas tecnologias que terão um enorme impacto económico».

Em suma, o que a União Europeia deve fazer é, segundo Durão Barroso, «demonstrar que as crises financeira e económica e a crise ambiental são um único e mesmo combate.

De acordo com o responsável, o custo estimado do pacote "20/20/20" é de 60-70 mil milhões de euros por ano, ou seja, cerca de 0,5 por cento do PIB comunitário. Esse custo deriva sobretudo, diz, de investimentos em energias renováveis e em tecnologias modernas que melhoram a eficiência energética e estimulam o crescimento económico.

Aposta nas tecnologias limpas

«A Europa é já líder mundial no domínio das tecnologias ambientais e da sua comercialização. Para podermos manter esse estatuto, propus recentemente que uma das prioridades do EIT, o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia recentemente inaugurado em Budapeste, fosse o desenvolvimento de tecnologias ambientalmente limpas».

A questão de recorrer ou não à energia nuclear deve, segundo Durão Barroso, ser decidida a nível nacional. «Dado que a capacidade para produzir energia abundante e mais barata é um objectivo crucial para a Europa, a Comissão não deixará de apoiar os Estados-Membros que pretendam apostar na energia nuclear, entre outras fontes de energia, para reduzir as suas emissões de CO2 e a sua dependência energética. A União Europeia pode dar um contributo importante no domínio das centrais nucleares de última geração, nomeadamente em matéria de investigação e de segurança», comenta.

Para envolver os países desenvolvidos que não assinaram o protocolo de Quioto e as economias emergentes na prevenção de alterações dramáticas do clima é necessário, segundo o presidente da Comissão, «que a Europa comece por cumprir os seus compromissos, facilitando, assim, a cooperação dos seus parceiros internacionais».

Ainda a este propósito, Durão Barroso acrescenta que a vitória de Barack Obama contribuirá para uma maior cooperação entre a futura administração americana e a União Europeia na agenda global das alterações climáticas e do desenvolvimento sustentável. «Tudo indica que facilitará também um acordo internacional sobre os compromissos pós-Quioto no final do próximo ano em Copenhaga. Estou confiante que o exemplo e a liderança da União Europeia colocam o futuro acordo global pós-Quioto ao alcance de todos», conclui.


Portal Ambiente
 
Topo