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Guantánamo: Símbolo da administração Bush cumpre sete anos e aguarda fim prometido por Obama

11 de Janeiro de 2009, 06:30

Washington, 11 Jan (Lusa) - Guantánamo, um dos símbolos da administração de George W. Bush, recebeu há sete anos os primeiros suspeitos de terrorismo, aniversário que será o último se o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, cumprir a promessa de encerrar a prisão.
Em 2002 o mundo viu as imagens dos primeiros presos da base naval norte-americana de Guantánamo, localizada em Cuba, com as cabeças tapadas com capuzes e as mãos algemadas.
Os suspeitos foram transportados do Afeganistão, tendo sido colocados, inicialmente, em celas a céu aberto.
Alguns eram elementos dos comandos talibãs, outros eram agentes da rede terrorista Al-Qaeda e muitos foram entregues aos Estados Unidos pelos intitulados senhores da guerra do Afeganistão.
Em sete anos, cerca de 800 detidos passaram por Guantánamo.
Barack Obama, que toma posse no próximo dia 20 de Janeiro, prometeu encerrar e retirar de Guantánamo os suspeitos que ainda permanecem presos, uma decisão que terá que ser tomada a curto prazo, segundo especialistas em matérias internacionais.
A 26 de Janeiro, seis dias depois da posse de Obama, começa o julgamento do canadiano Omar Kahdr, que foi detido no Afeganistão quando tinha 15 anos.
Nesse dia, Kahdr terá de comparecer perante um tribunal anti-terrorista criado pela administração Bush, localizado numa das pistas de aterragem de Guantánamo,construídas durante a Segunda Guerra Mundial.
Estes tribunais, de acordo com as regras estabelecidas pela administração norte-americana cessante, permitem a apresentação de confissões obtidas sob tortura.
Obama "tem que anunciar um plano específico antes dessa data", porque se não o fizer estará a dar um apoio implícito à existência destes tribunais, afirmou Sarah Mendelson, especialista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
Uma das áreas do plano de Obama que tem suscitado mais controvérsia é o destino dos prisioneiros de Guantánamo.
De acordo com a especialista, levará pelo menos um ano a encontrar um novo destino para os detidos.
Dos cerca de 250 reclusos ainda em Guantánamo, segundo números da ONU, 40 a 50 não poderão ser enviados para os países de origem sob risco de serem mortos.
Portugal, Alemanha e Irlanda já demonstraram disponibilidade para receber detidos da base naval norte-americana de Guantánamo.
Na sequência de sondagens feitas pela administração norte-americana junto de países europeus para saber da sua disponibilidade para receber prisioneiros do centro de detenção de Guantánamo, com vista ao seu encerramento, Portugal havia sido o primeiro Estado-membro da UE a responder favoravelmente, em Dezembro de 2008.
Na altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, anunciou que Portugal estava preparado para ajudar o novo governo norte-americano no seu projecto de encerramento de Guantánamo através do acolhimento de detidos e enviou uma carta aos seus homólogos europeus apelando a que fizessem o mesmo.
O assunto será abordado pelos chefes de diplomacia dos 27 no final do mês, a pedido da delegação portuguesa.
As organizações internacionais de direitos humanos defendem que os prisioneiros de Guantánamo devem ser julgados em tribunais normais ou que serem libertados.
SCA.
Lusa/Fim
 
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