Aveiro. Festa popular em honra de São Gonçalinho
Doce tradicional vai ajudar a pagar novo infantário da freguesia
O povo da Beira Mar, em Aveiro, acotovelou-se, ontem de manhã, no largo da capela de S. Gonçalinho, para ver a cavaca gigante com 1, 40 metros de cumprimento por 60 centímetros de largura e dez quilos de peso - medidas tiradas por uma técnica da Universidade de Aveiro. O tradicional doce, muito típico daquele bairro, candidata-se, em versão XXL, ao Guinness, o famoso livro dos recordes. A ser aceite, passará a figurar entre os maiores do mundo, já que não existe qualquer outro do género.
"Nunca vi nada assim", comentava, com surpresa, Ivete Santos, 68 anos, entre a pequena multidão. Confeccionado à base de farinha, açúcar, água e ovos, a cavaca é, na sua verdadeira receita, muito dura de roer, já que tem na sua origem o pão duro que entregavam a São Gonçalinho para o santo distribuir pelos pobres.
Manda a tradição religiosa que as cavacas sejam atiradas do alto da capela de S. Gonçalinho como forma de cumprir promessas. As gentes da Beira Mar disputam os doces com guarda-chuvas virados ao contrário ou sacos de rede presos a varas. Ontem, depois de exibida, a cavaca gigante foi, no entanto, partida no chão, previamente coberto por um lençol branco, e os muitos bocados pequenos distribuídos pelas centenas de crianças das escolas da freguesia.
"A maior cavaca alguma vez feita é uma ideia nossa para valorizar este símbolo sem o qual as festas não fazem sentido", explicou João Pereira, juiz mordomo das concorridas festas de S. Gonçalinho, que contaram com a colaboração de Silvina Raimundo, uma das mais antigas e reputadas fabricantes de ovos-moles, outro doce que figura obrigatoriamente no cardápio típico da cidade.
A cavaca gigante serviu, também, para lançar publicamente o projecto Ajud'arte, uma campanha de angariação de fundos para o Centro Social Paroquial Vera Cruz, que está envolvido na conclusão de um novo infantário orçado em mais de 600 mil euros.
Diário de Notícias
Doce tradicional vai ajudar a pagar novo infantário da freguesia
O povo da Beira Mar, em Aveiro, acotovelou-se, ontem de manhã, no largo da capela de S. Gonçalinho, para ver a cavaca gigante com 1, 40 metros de cumprimento por 60 centímetros de largura e dez quilos de peso - medidas tiradas por uma técnica da Universidade de Aveiro. O tradicional doce, muito típico daquele bairro, candidata-se, em versão XXL, ao Guinness, o famoso livro dos recordes. A ser aceite, passará a figurar entre os maiores do mundo, já que não existe qualquer outro do género.
"Nunca vi nada assim", comentava, com surpresa, Ivete Santos, 68 anos, entre a pequena multidão. Confeccionado à base de farinha, açúcar, água e ovos, a cavaca é, na sua verdadeira receita, muito dura de roer, já que tem na sua origem o pão duro que entregavam a São Gonçalinho para o santo distribuir pelos pobres.
Manda a tradição religiosa que as cavacas sejam atiradas do alto da capela de S. Gonçalinho como forma de cumprir promessas. As gentes da Beira Mar disputam os doces com guarda-chuvas virados ao contrário ou sacos de rede presos a varas. Ontem, depois de exibida, a cavaca gigante foi, no entanto, partida no chão, previamente coberto por um lençol branco, e os muitos bocados pequenos distribuídos pelas centenas de crianças das escolas da freguesia.
"A maior cavaca alguma vez feita é uma ideia nossa para valorizar este símbolo sem o qual as festas não fazem sentido", explicou João Pereira, juiz mordomo das concorridas festas de S. Gonçalinho, que contaram com a colaboração de Silvina Raimundo, uma das mais antigas e reputadas fabricantes de ovos-moles, outro doce que figura obrigatoriamente no cardápio típico da cidade.
A cavaca gigante serviu, também, para lançar publicamente o projecto Ajud'arte, uma campanha de angariação de fundos para o Centro Social Paroquial Vera Cruz, que está envolvido na conclusão de um novo infantário orçado em mais de 600 mil euros.
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