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Medicina: Universidade do Porto estuda efeitos da menopausa na qualidade vocal feminina
Porto, 13 Jan (Lusa) - Uma investigadora da Faculdade de Medicina do Porto está a desenvolver um estudo que visa perceber em que medida a terapêutica hormonal de substituição afecta a voz das mulheres na fase da menopausa.
Porto, 13 Jan (Lusa) - Uma investigadora da Faculdade de Medicina do Porto está a desenvolver um estudo que visa perceber em que medida a terapêutica hormonal de substituição afecta a voz das mulheres na fase da menopausa.
À margem de um seminário sobre "Endocrinologia e a voz" que hoje se realizou, no Porto, a coordenadora do estudo, Filipa Lã, explicou que o objectivo é avaliar a evolução de um grupo de mulheres que utilizam a voz profissionalmente, quando estas estiverem a usar uma terapêutica hormonal de substituição e a usar um placebo para verificar os efeitos vocais deste medicamento.
"Concluímos a fase preliminar do projecto, que consistiu em mais de 100 entrevistas a mulheres profissionais da voz, vamos agora avançar para a fase clínica do estudo", explicou a investigadora, que prevê que até ao final do ano possa apresentar conclusões.
Filipa Lã acredita que o resultado desta investigação "poderá constituir um passo fundamental para as mulheres que dependem profissionalmente da sua voz" porque "há evidências de que de facto há alterações hormonais na menopausa que afectam a qualidade vocal".
O orientador do projecto, Luís Silva Carvalho, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do Porto, explicou que um dos aspectos fundamentais deste estudo, financiado pela Fundação Ciência e Tecnologia, é demonstrar quais são "as verdadeiras modificações ao nível da voz e perceber em que medida o tratamento hormonal melhora a qualidade da voz".
"Sabemos que há diferenças, mas não sabemos quais, daí a importância desta investigação", frisou Silva Carvalho.
Este projecto surge na sequência de um primeiro, também da responsabilidade da investigadora Filipa Lã, que teve como objecto estudar os efeitos do ciclo menstrual e do uso de uma pílula contraceptiva na performance de cantoras líricas.
Realizada no âmbito do seu doutoramento, em Inglaterra, a investigação demonstrou que o uso de uma pílula contraceptiva pode "evitar retenção de fluidos e tornar os ciclos vibratórios das pregas vocais menos erráticos e mais homogéneos" ao longo de todo o ciclo menstrual.
No seminário sobre "Endocrinologia e a Voz: a interdisciplinaridade em Investigação Clínica" participou o professor de acústica vocal Johan Sundberg, do Departamento de Fala, Música e Audição, da Universidade de Uppsala (Suécia).
Considerado "um dos maiores nomes da investigação na voz a nível mundial", Johan Sundberg colabora também na investigação sobre "os efeitos da menopausa e do uso de terapêutica hormonal de substituição na voz profissional".
"A sua participação é fundamental para nos ajudar a lidar com o equipamento adquirido para este projecto e também na interpretação dos resultados obtidos", explicou o director do Departamento de Ginecologia da faculdade de medicina do Porto.
Porto, 13 Jan (Lusa) - Uma investigadora da Faculdade de Medicina do Porto está a desenvolver um estudo que visa perceber em que medida a terapêutica hormonal de substituição afecta a voz das mulheres na fase da menopausa.
Porto, 13 Jan (Lusa) - Uma investigadora da Faculdade de Medicina do Porto está a desenvolver um estudo que visa perceber em que medida a terapêutica hormonal de substituição afecta a voz das mulheres na fase da menopausa.
À margem de um seminário sobre "Endocrinologia e a voz" que hoje se realizou, no Porto, a coordenadora do estudo, Filipa Lã, explicou que o objectivo é avaliar a evolução de um grupo de mulheres que utilizam a voz profissionalmente, quando estas estiverem a usar uma terapêutica hormonal de substituição e a usar um placebo para verificar os efeitos vocais deste medicamento.
"Concluímos a fase preliminar do projecto, que consistiu em mais de 100 entrevistas a mulheres profissionais da voz, vamos agora avançar para a fase clínica do estudo", explicou a investigadora, que prevê que até ao final do ano possa apresentar conclusões.
Filipa Lã acredita que o resultado desta investigação "poderá constituir um passo fundamental para as mulheres que dependem profissionalmente da sua voz" porque "há evidências de que de facto há alterações hormonais na menopausa que afectam a qualidade vocal".
O orientador do projecto, Luís Silva Carvalho, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do Porto, explicou que um dos aspectos fundamentais deste estudo, financiado pela Fundação Ciência e Tecnologia, é demonstrar quais são "as verdadeiras modificações ao nível da voz e perceber em que medida o tratamento hormonal melhora a qualidade da voz".
"Sabemos que há diferenças, mas não sabemos quais, daí a importância desta investigação", frisou Silva Carvalho.
Este projecto surge na sequência de um primeiro, também da responsabilidade da investigadora Filipa Lã, que teve como objecto estudar os efeitos do ciclo menstrual e do uso de uma pílula contraceptiva na performance de cantoras líricas.
Realizada no âmbito do seu doutoramento, em Inglaterra, a investigação demonstrou que o uso de uma pílula contraceptiva pode "evitar retenção de fluidos e tornar os ciclos vibratórios das pregas vocais menos erráticos e mais homogéneos" ao longo de todo o ciclo menstrual.
No seminário sobre "Endocrinologia e a Voz: a interdisciplinaridade em Investigação Clínica" participou o professor de acústica vocal Johan Sundberg, do Departamento de Fala, Música e Audição, da Universidade de Uppsala (Suécia).
Considerado "um dos maiores nomes da investigação na voz a nível mundial", Johan Sundberg colabora também na investigação sobre "os efeitos da menopausa e do uso de terapêutica hormonal de substituição na voz profissional".
"A sua participação é fundamental para nos ajudar a lidar com o equipamento adquirido para este projecto e também na interpretação dos resultados obtidos", explicou o director do Departamento de Ginecologia da faculdade de medicina do Porto.
PM.
Lusa/fim
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