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Cientistas usam talco colorido para estudar roedores

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Cientistas usam talco colorido para estudar roedores

Se você estivesse viajando pelo Estado de Utah, nos Estados Unidos, alguns anos atrás e tivesse percebido algo nos roedores da família dos cricetídeos que via correndo pelo deserto, seus olhos não o enganaram. Alguns dos roedores estavam cobertos por um talco em cores berrantes, em nome da ciência.

Christine Clay e M. Denise Dearing, da Universidade do Utah, e seus colegas liberavam cinco dos roedores por noite, cada qual recoberto por talco de uma cor, e depois capturavam outros roedores da mesma espécie no terreno de estudo de cerca de 2,5 hectares, no dia seguinte.

Os roedores marcados com o talco que tivessem combatido ou se acasalado com outros animais deixavam marcas neles, de modo que os cientistas podiam determinar, com uma lanterna especial, se os exemplares capturados haviam estado em contato com os roedores marcados.

Os roedores da espécie Peromyscus maniculatus portam um vírus conhecido como "sin nombre", que causa síndrome pulmonar de hantavírus, uma infecção pulmonar potencialmente letal, em seres humanos. As pessoas contraem o vírus devido à proximidade com os animais, mas estes só o difundem a outros por contato direto.

Uma norma de referência para os estudiosos da transmissão de patógenos é que uma minoria da população, em geral em torno de 20%, responde pela maior parte da difusão, talvez 80%. Neste caso, os pesquisadores constataram que essa regra se aplica muito bem. As constatações foram reportadas em texto para a Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences.

Os pesquisadores constataram igualmente que os roedores que têm contato mais freqüente com outros animais da espécie tendem a ser mais velhos e maiores. Mas o sexo do animal não influencia os resultados, apontaram, o que contraria conclusões anteriores, segundo as quais, os machos tinham maior probabilidade de transmitir o vírus porque tendem a brigar mais.


The New York Times​
 
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