Um enfermeiro, de 25 anos, evitou, este sábado, em Lagos, uma tragédia ao travar um jovem que furtou um camião e com ele provocou o terror em Lagos, numa fuga em que matou uma mulher, feriu-se, feriu sete pessoas e destruiu sete carros.
Pendurado na porta do camião, Hélder Santos, enfermeiro no Hospital de Lagos, dava murros violentos em Filipe, de 20 anos, para assim tentar que ele parasse o camião que conduzia e estava a espalhar o terror na cidade de Lagos, há cerca de vinte minutos, numa fuga tresloucada.
De repente, a escassos três metros do local onde poderia ocorrer a tragédia - a esplanada do Café Cantina, que estava cheia de gente - aquele enfermeiro conseguiu guinar a viatura contra um muro. Assim, Hélder salvou as vidas de quem estava na esplanada a saborear o sol quente deste Inverno algarvio, mas não as suas pernas, que foram esmagadas depois de um pé ter ficado debaixo de uma roda do camião. Também não conseguiu evitar a morte de Ana Rosa, de 46 anos, mulher de um GNR, que foi atropelada.
Naquele preciso momento, a Polícia já estava na mira do camião fugitivo e disparou contra os pneus do condutor. Embora inicialmente se tivesse dito que o condutor em fuga tivesse sido atingido por uma bala, o subcomissário Orlando Teixeira, confirmou, ao JN, que ele não foi baleado. "Ficou ferido, com escoriações na face - fractura do maxilar - provocadas pelo homem que o tentou travar", explicou o oficial de dia no Comando Distrital da PSP de Faro, que referiu ainda que o condutor, depois de ter sido tratado no Hospital de Lagos, submetido a testes de alcoolemia e de droga, ficou detido na esquadra da PSP de Portimão até ser levado a tribunal.
Tudo terá começado cerca das 11.15 horas. Filipe, de 20 anos (fará 21 no próximo dia 27 de Março), conhecido por "Charneco" e natural de Odiáxere, estaria a conduzir uma retroascavadora em trabalhos adjudicados, na obra da Câmara Municipal de Lagos, à empresa de limpezas urbanas "Multiserviços". Ali perto, viu um camião, de 20 toneladas, sem condutor, entrou nele e fugiu do local, na zona de Santo Amaro, junto ao cemitério.
Ao que a Polícia apurou, começou logo a fazer estragos. O subcomissário Orlando Teixeira diz que ele apontou o camião a um motociclo, que tentou abater. Só não atingiu o seu condutor, porque ele se desviou mas, como ele começou a protestar, Filipe fez-marcha-atrás com o camião e acabou por danificar o motociclo.
A PSP foi, entretanto, avisada pelo dono do camião e encetou a perseguição ao jovem que deu uma volta completa à cidade numa condução tresloucada em que, segundo várias, testemunhas, tudo fazia para danificiar automóveis e ferir pessoas.
Um dos transeuntes que teve mesmo que se afastar do camião foi o vereador da Câmara de Lagos. António Barreiro quase era abalroado pela viatura no centro da cidade, por onde Filipe tentava escapar à Polícia, mesmo circulando em sentido proibido.
"Ele vinha a acelerar, completamente desgovernado, passando por cima de passeios e das rotundas", testemunha Manuel Felicidade, proprietário de uma loja doMercado de Santo Amaro, que estava cheio de clientes.
Ali chegado o camião, o enfermeiro Hélder atira-se contra a porta, junto ao condutor, que levava a janela aberta, e, enquanto dava murros no condutor tresloucado, tentava guinar o volante para a berma. O camião estava prestes a chegar à repleta esplanada, para onde o condutor o terá apontado em acelerada marcha. Mas, já com o maxilar fracturado pelos murros recebidos, o jovem cede às investidas do enfermeiro e a viatura pára junto a um muro, arrastando o Hélder e uma mulher, que veio a falecer, e atropelando mais seis pessoas.
Pendurado na porta do camião, Hélder Santos, enfermeiro no Hospital de Lagos, dava murros violentos em Filipe, de 20 anos, para assim tentar que ele parasse o camião que conduzia e estava a espalhar o terror na cidade de Lagos, há cerca de vinte minutos, numa fuga tresloucada.
De repente, a escassos três metros do local onde poderia ocorrer a tragédia - a esplanada do Café Cantina, que estava cheia de gente - aquele enfermeiro conseguiu guinar a viatura contra um muro. Assim, Hélder salvou as vidas de quem estava na esplanada a saborear o sol quente deste Inverno algarvio, mas não as suas pernas, que foram esmagadas depois de um pé ter ficado debaixo de uma roda do camião. Também não conseguiu evitar a morte de Ana Rosa, de 46 anos, mulher de um GNR, que foi atropelada.
Naquele preciso momento, a Polícia já estava na mira do camião fugitivo e disparou contra os pneus do condutor. Embora inicialmente se tivesse dito que o condutor em fuga tivesse sido atingido por uma bala, o subcomissário Orlando Teixeira, confirmou, ao JN, que ele não foi baleado. "Ficou ferido, com escoriações na face - fractura do maxilar - provocadas pelo homem que o tentou travar", explicou o oficial de dia no Comando Distrital da PSP de Faro, que referiu ainda que o condutor, depois de ter sido tratado no Hospital de Lagos, submetido a testes de alcoolemia e de droga, ficou detido na esquadra da PSP de Portimão até ser levado a tribunal.
Tudo terá começado cerca das 11.15 horas. Filipe, de 20 anos (fará 21 no próximo dia 27 de Março), conhecido por "Charneco" e natural de Odiáxere, estaria a conduzir uma retroascavadora em trabalhos adjudicados, na obra da Câmara Municipal de Lagos, à empresa de limpezas urbanas "Multiserviços". Ali perto, viu um camião, de 20 toneladas, sem condutor, entrou nele e fugiu do local, na zona de Santo Amaro, junto ao cemitério.
Ao que a Polícia apurou, começou logo a fazer estragos. O subcomissário Orlando Teixeira diz que ele apontou o camião a um motociclo, que tentou abater. Só não atingiu o seu condutor, porque ele se desviou mas, como ele começou a protestar, Filipe fez-marcha-atrás com o camião e acabou por danificar o motociclo.
A PSP foi, entretanto, avisada pelo dono do camião e encetou a perseguição ao jovem que deu uma volta completa à cidade numa condução tresloucada em que, segundo várias, testemunhas, tudo fazia para danificiar automóveis e ferir pessoas.
Um dos transeuntes que teve mesmo que se afastar do camião foi o vereador da Câmara de Lagos. António Barreiro quase era abalroado pela viatura no centro da cidade, por onde Filipe tentava escapar à Polícia, mesmo circulando em sentido proibido.
"Ele vinha a acelerar, completamente desgovernado, passando por cima de passeios e das rotundas", testemunha Manuel Felicidade, proprietário de uma loja doMercado de Santo Amaro, que estava cheio de clientes.
Ali chegado o camião, o enfermeiro Hélder atira-se contra a porta, junto ao condutor, que levava a janela aberta, e, enquanto dava murros no condutor tresloucado, tentava guinar o volante para a berma. O camião estava prestes a chegar à repleta esplanada, para onde o condutor o terá apontado em acelerada marcha. Mas, já com o maxilar fracturado pelos murros recebidos, o jovem cede às investidas do enfermeiro e a viatura pára junto a um muro, arrastando o Hélder e uma mulher, que veio a falecer, e atropelando mais seis pessoas.