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Venezuela: Quatro estudantes detidos

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Caracas, 21 Jan (Lusa) -- Quatro estudantes universitários foram detidos na terça-feira, pelas autoridades venezuelanas e acusados de agredirem um funcionário da Polícia Metropolitana de Caracas, durante uma concentração opositora nas proximidades de Chacaíto, a leste de Caracas.
"Conversámos com eles, estamos a garantir-lhes todos os seus direitos e encontram-se em perfeito estado de saúde, só estamos à espera do procurador do Ministério Público para colocá-los à ordem das instâncias judiciais a fim de que se inicie um processo pela agressão de um funcionário policial", explicou o ministro venezuelano do Interior e Justiça, Tarek El Aissami.
Aquele responsável anunciou ainda que as autoridades confiscaram na terça-feira 100 "cocktails molotov" (engenhos incendiários de fabrico caseiro), um saco com pedras e um garrafão com gasolina, dentro de um camião que acompanhava uma concentração de estudantes universitários opositores.
Também que na localidade de San Bernardino, centro de Caracas, foram confiscadas duas carrinhas e detidos três cidadãos - um deles estrangeiro - que transportavam 70 pneus, 34 "cocktails molotov" e dois garrafões com gasolina.
Tarek El Aissami felicitou a Polícia Metropolitana (PM) pela sua conduta "pelo estrito apego ao direito e às normas, com vista a garantir a paz e a convivência, o direito ao livre trânsito".
Com bombas de gás lacrimogénio, jactos de água e balas de borracha, oficiais da PM reprimiram na terça-feira uma marcha de centenas de estudantes universitários opositores.
Os estudantes pretendiam marchar até ao Supremo Tribunal de Justiça para denunciar que o Conselho Nacional Eleitoral impediu 300 mil jovens de se inscreverem no registo eleitoral para participarem no referendo de 15 de Fevereiro, para mudar a Constituição e permitir a reeleição presidencial ilimitada de Hugo Chávez e de todos os cargos de eleição popular.
A marcha foi autorizada pela Câmara Maior de Caracas, mas a polícia argumenta que não tinha permissão do Ministério do Interior e Justiça.
Na terça-feira, o Presidente Hugo Chávez apelou ao movimento estudantil afecto ao seu regime para impedir que os opositores tomem as ruas.
"Não deixem que as ruas sejam tomadas pelos estudantes da burguesia (...) vamos demonstrar-lhes onde está a força da juventude e dos estudantes venezuelanos", disse.
No sábado, o Presidente da Venezuela disse aos ministros da Defesa, do Interior e Justiça e à Guarda Nacional para "lançarem gás do bom" e prenderem os estudantes "esquálidos" (opositores) que cortem ruas em acções de protesto.
"Ministro do Interior, lance-lhes gás, lance-lhes gás e dissolva qualquer +guarimba+ (acções desestabilizadoras e conspiradoras). Nós não podemos começar já demonstrando debilidades como governo. Não podemos. Responsabilizo por isto o vice-presidente, o ministro do Interior, o comandante da Guarda Nacional", disse Hugo Chávez.
"Há que deter os dirigentes destes actos. Dou a ordem de vez, senhor ministro da Defesa, ministro do Interior e chefes da polícia. A partir deste momento quem sair a queimar uma montanha, umas árvores, a bloquear uma rua, deitem-lhe gás do bom e prendam-nos, se não o fizerem eu me raspo (despeço) os chefes responsáveis, me raspo a todos", enfatizou.
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