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Cimeira Ibérica

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Zamora, Espanha.
Crise económica e cooperação bilateral para a combater dominam encontros de Zamora.
A crise económica é o tema dominante da 24ª cimeira luso-espanhola, quinta-feira em Zamora (Espanha), que deverá procurar formas de cooperação bilateral para ajudar a estabilizar as duas economias, segundo fontes dos dois países.
Responsáveis do governo espanhol e fontes diplomáticas portuguesas que mantiveram encontros separados com jornalistas, de antecipação da cimeira, referem que o tema dominará em particular os encontros dos dois chefes do governo, José Sócrates e José Luís Rodríguez Zapatero.
"A crise económica domina a cimeira e os dois governos vão procurar identificar o que, dentro dos programas de resposta à crise, se pode fazer em conjunta", explicou fonte diplomática portuguesa.
Parte do trabalho preparatório nesta matéria foi já feito em reuniões mantidas pelos dois ministros das Finanças, que se encontraram à margem do Ecofin, que não estarão em Zamora mas que enviarão um relatório à cimeira.
Ambos os lados destacam o facto da cimeira ser a reunião bilateral com maior nível de participação, o que segundo responsáveis espanhóis transforma o encontro "numa quase reunião conjunta de governos".
"Esta ampla participação evidencia que as relações entre Espanha e Portugal se alargam praticamente a todas as áreas do governo, com uma crescente intensidade", sublinha o governo espanhol.
José Sócrates e José Luís Rodríguez Zapatero deverão ainda analisar os temas de energia e alterações climáticas e a presidência espanhola da União Europeia, no primeiro semestre de 2010.
Neste capítulo europeu deverá ser analisado o processo de ratificação do Tratado de Lisboa, o referendo da Irlanda, a estratégia de Lisboa, a cimeira UE-América Latina (que Espanha acolherá) e o rescaldo da cimeira UE-África, que Lisboa promoveu.
A situação no Médio Oriente e a cimeira ibero-americana que decorre no Estoril em 2010 serão igualmente temas na agenda que incluirá ainda outras questões bilaterais como a criação de um comité conjunto para as celebrações dos 25 anos de adesão de Portugal e Espanha à UE.
O encontro de Zamora poderá avançar igualmente no processo de criação do centro transfronteiriço de investigação em energias renováveis, um projecto que será instalado em Badajoz e que já foi anunciado na cimeira de Braga, no ano passado.
A cimeira poderá vir a acordar na criação de uma comissão instaladora do projecto, o segundo projecto bilateral de grande dimensão na área científica, depois do centro de nanotecnologia que está a ser construído em Braga.
Sobre o centro de Braga poderá ser avançado em Zamora a data de conclusão das obras.
Ainda na área científica esperam-se vários memorandos técnicos entre os quais um acordo para que os ministros dos dois países e os responsáveis de institutos científicos se encontrem regularmente.
Um programa para a mobilidade de cientistas deverá igualmente ser analisado.
O encontro de Zamora deverá anunciar igualmente as datas para a conclusão das obras do TGV e formalizar a definição da localização da estação internacional de Caia-Badajoz
No capítulo da Defesa e Segurança, Zamora acolhe a segunda reunião do Conselho de Segurança e Defesa, que aprovará uma declaração própria, separada da das conclusões da cimeira em si.
Antecipando-se ainda três documentos essenciais, um dos quais criará o "Erasmus militar" ibérico, idêntico ao que já se aplica entre as universidades europeias mas que apostará no intercâmbio de alunos de escolas militares.
Antevê-se igualmente um memorando sobre cooperação na área de armamento -- nomeadamente virado para estudos e troca de informações sobre projectos europeus -- e um outro sobre cooperação das Forças Armadas.
Igualmente importante é o debate que deverá ocorrer no sector da educação, virado nomeadamente para os esforços de introduzir o português como língua de opção curricular no sistema educativo espanhol; e em sentido inverso do espanhol no sistema português.
Em Espanha as competências educativas recaem nas regiões autónomas e a Extremadura é a primeira delas a adoptar essa medida.
Recorde-se que a cimeira de Zamora, a 24ª ibérica, será a quarta e última de José Sócrates, no actual mandato e a quinta de Zapatero.
ASP.
Lusa/Fim
 
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